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América Móvil reduz perdas com câmbio

Os preços das ações da América Móvil caíram mais de 15 por cento no ano passado


	Carlos Slim, dono da América Móvil: no México, empresa está sentindo os efeitos de uma reforma regulatória que reduziu os preços do setor
 (Chris Hondros/Getty Images)

Carlos Slim, dono da América Móvil: no México, empresa está sentindo os efeitos de uma reforma regulatória que reduziu os preços do setor (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 07h23.

Cidade do México - A empresa de telecomunicações mexicana América Móvil, do bilionário Carlos Slim, publicou na terça-feira aumento de cinco vezes de seu lucro trimestral, ajudado por perdas menores com flutuações de câmbio, mas com regulações mais rígidas no México ainda pressionando as margens de lucro em seu mercado doméstico.

Duas das mais importantes moedas para os negócios da companhia, o peso mexicano e o real no Brasil, caíram apenas levemente contra o dólar no quarto trimestre, diferentemente do terceiro trimestre, quando os reveses cambiais levaram a América Móvil para seu primeiro prejuízo em 14 anos.

As perdas cambiais foram de 3,1 bilhões de pesos entre outubro e dezembro, comparadas a uma perda de 22,8 bilhões de pesos no período imediatamente anterior, o que ajudou o lucro líquido a superar as expectativas de analistas.

No entanto, o lucro operacional da maior provedora latina-americana de serviços de celular e de TV paga caiu.

Enfrentando regulação mais rígida no mercado doméstico e aprofundamento da recessão no Brasil, os preços das ações da América Móvil caíram mais de 15 por cento no ano passado.

Para todo o ano, o lucro líquido da companhia caiu 24 por cento. No Brasil, seu segundo maior mercado, a companhia, dona da Claro, citou a queda de 1,2 por cento das receitas devido à fraca economia. A operadora desconectou 4,9 milhões de linhas de celular, mas continuou a adicionar clientes em seu negócio fixo.

No México, seu maior mercado, a América Móvil está sentindo os efeitos de uma reforma regulatória que reduziu os preços do setor e encolheu as margens de lucro da companhia.

No quarto trimestre, a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 36,7 por cento, abaixo dos 42,6 por cento um ano antes.

A companhia publicou no quarto trimestre lucro líquido de 15,7 bilhões de pesos (910 milhões de dólares), comparados com 3,1 bilhões de pesos um ano antes, superando as expectativas de lucro líquido de 13 bilhões de pesos de pesquisa Reuters.

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