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Ambev vendeu 2,3% menos cerveja no Brasil no 4º trimestre

O volume total passou de 34,622 milhões de hectolitros de outubro a dezembro de 2012 a 33,666 milhões de hectolitros


	Cervejas: a queda em volumes foi puxada pelas fracas vendas de cerveja, que no trimestre diminuíram 3,4%
 (Divulgação)

Cervejas: a queda em volumes foi puxada pelas fracas vendas de cerveja, que no trimestre diminuíram 3,4% (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 09h34.

São Paulo - A operação brasileira da Ambev reportou uma queda de 2,8% no volume total vendido de bebidas no País, passando de 34,622 milhões de hectolitros de outubro a dezembro de 2012 a 33,666 milhões de hectolitros no mesmo período do ano passado. Em 2013, a diminuição foi de 3,7%, passando de 117,486 milhões de hectolitros para 113,148 milhões de hectolitros.

A queda em volumes foi puxada pelas fracas vendas de cerveja, que no trimestre diminuíram 3,4% - 3% era o esperado pelo mercado - e em 2013 de 4,3%. Em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, os recuos foram de 1,1% no quarto trimestre e de 2% em 2013.

Apesar da queda em volume, a fabricante registrou alta de 8,5% na receita líquida total da operação, para R$ 7,162 bilhões. No quarto trimestre de 2012, a cifra havia sido de R$ 6,599 bilhões. A receita líquida de cerveja cresceu 7,9% no trimestre, enquanto a de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas avançou 11,8% no mesmo período.

No ano, a receita líquida oriunda do Brasil somou R$ 22,041 bilhões, avanço de 5,1% ante a de R$ 20,978 bilhões de 2012. A receita líquida de cerveja teve incremento de 4,6% e a de refrigerantes e bebidas não alcoólicas, de 7,5%.

A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) consolidada da unidade brasileira ficou em R$ 212,70 no quarto trimestre, alta de 11,6%. No ano, o avanço foi de 9,1%, para R$ 194,80, em linha com o guidance, que era de um crescimento de um dígito porcentual alto.

O Custo do Produto Vendido (CPV) no trimestre cresceu 8,7%, para R$ 2,041 bilhões e no ano avançou 7,8%, para R$ 6,912 bilhões. O CPV por hectolitro (CPV/hl) no trimestre subiu 11,8%, para R$ 60,60 e em 2013 avançou 12%, para R$ 61,10, também de acordo com o esperado pela companhia de uma alta entre um dígito porcentual alto e dois dígitos porcentuais baixos.

As despesas gerais e administrativas cresceram 8,2% no trimestre e 8% no ano, acima do guidance que era de avanço abaixo da inflação (o IPCA de 2013 ficou em 5,91%).


A Ambev ressalta em nota à imprensa a evolução da estratégia comercial para o Brasil em inovações, foco em marcas premium, embalagens econômicas, crescimento nas regiões Norte e Nordeste e crescimento de refrigerante e bebidas não alcoólicas.

As marcas premium como Budweiser, Stella Artois e Original atingiram a participação de cerca de 7% do volume total de vendas de cerveja no País.

"Como estratégia comercial para estímulo ao mercado premium, a Ambev investiu nas ativações dos pontos de venda, como por exemplo, o fornecimento ao varejo de mais de 1 milhão de cálices de Stella Artois em 2013", explicou a companhia, na nota.

Quanto à participação de mercado da Ambev nas regiões Norte e Nordeste, a empresa disse que houve crescimento, mas não informou números.

Também a companhia cita a diversificação de embalagens - garrafas de vidro retornáveis de cerveja de 300 ml e de 1 litro - e as vendas de Brahma 0,0% e de Skol Beats Extreme, no caso de inovações. Segundo a Ambev, a Brahma 0,0% já é líder no mercado de cervejas sem álcool.

No segmento de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas, a empresa diz ter ganho de participação de mercado impulsionado pelas campanhas de marketing, promoções ao consumidor e pelo crescimento da garrafa retornável de 1 litro, bem como no segmento de energéticos.

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