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Ambev prevê aumento de volume de vendas em 2014

Companhia disse ver condições de aumento do volume de vendas, enxergando um horizonte mais favorável para o consumo

Caixas da cerveja Skol são empilhadas no centro de distribuição da Ambev:  volume de bebidas caiu 3,1% no terceiro trimestre (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 17h47.

São Paulo - Após emendar o terceiro trimestre seguido com menos vendas de bebidas, a Ambev afirmou ver condições de aumento do volume de vendas a partir do próximo ano, enxergando um horizonte mais favorável para o consumo.

Em teleconferência com analistas, o diretor-geral da companhia, João Castro Neves, afirmou que, caso o governo federal mantenha a carga tributária sobre o setor inalterada, a companhia poderá abandonar os ajustes de preços acima da inflação em 2014 --na contramão do que vinha fazendo até então.

A ação da Ambev fechou o dia em baixa de 0,74 por cento. O papel chegou a cair 2,5 por cento, após a empresa revelar recuo de 8 por cento no lucro do terceiro trimestre no ano a ano, com maiores despesas financeiras e impostos. O Ibovespa subiu 0,15 por cento.

Segundo Neves, o governo mostrou estar aberto a negociações após anunciar que não aumentaria mais os impostos para bebidas em 2013. O executivo acrescentou que a manutenção dos tributos nos atuais níveis ajudaria a elevar os volumes em 2014.

"Em 2010 não houve aumento de imposto, por coincidência outro ano eleitoral", observou.

Terceiro Trimestre

Entre julho e setembro, o volume de bebidas vendidas pela Ambev caiu 3,1 por cento. Considerando apenas as cervejas comercializadas no Brasil, seu principal mercado, a queda foi ainda mais expressiva, de 5 por cento.


Em comunicado, a Ambev previu que a indústria nacional deve terminar 2013 com contração nas vendas de cerveja, ante estimativa anterior que considerava a possibilidade de um resultado estável ou negativo em um dígito baixo.

Mesmo com menos vendas, a empresa elevou a receita líquida em 5,3 por cento no trimestre, a 8,5 bilhões de reais, ajudada pela estratégia de aumentar preços e mais distribuição direta.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 11 por cento ante igual período do ano passado, para 4,2 bilhões de reais. Analistas esperavam Ebitda de 4,1 bilhões de reais, segundo pesquisa da Reuters.

O vice-presidente financeiro da empresa, Nelson Jamel, afirmou que 2014 deve ver o alinhamento de três variáveis favoráveis ao aumento do volume: impostos estáveis, melhoria do cenário macroeconômico e ajuda da Copa do Mundo.

"O aumento de impostos a que o setor foi submetido nos últimos três anos foi provavelmente maior que nos dez anos anteriores. Como isso é repassado ao preço, o volume sofre".

Prevendo um cenário mais positivo, também guiado pelo arrefecimento da inflação, manutenção dos níveis de emprego e com os jogos da Copa turbinando o consumo de cerveja no inverno, a Ambev pode ter em 2014 "um ano muito melhor do ponto de vista de crescimento e faturamento, muito mais em volume do que em preço", acrescentou o executivo.

A companhia manteve plano de investimento de cerca de 3 bilhões de reais este ano, com crescimento de despesas gerais e administrativas abaixo da inflação.

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São Paulo - Após emendar o terceiro trimestre seguido com menos vendas de bebidas, a Ambev afirmou ver condições de aumento do volume de vendas a partir do próximo ano, enxergando um horizonte mais favorável para o consumo.

Em teleconferência com analistas, o diretor-geral da companhia, João Castro Neves, afirmou que, caso o governo federal mantenha a carga tributária sobre o setor inalterada, a companhia poderá abandonar os ajustes de preços acima da inflação em 2014 --na contramão do que vinha fazendo até então.

A ação da Ambev fechou o dia em baixa de 0,74 por cento. O papel chegou a cair 2,5 por cento, após a empresa revelar recuo de 8 por cento no lucro do terceiro trimestre no ano a ano, com maiores despesas financeiras e impostos. O Ibovespa subiu 0,15 por cento.

Segundo Neves, o governo mostrou estar aberto a negociações após anunciar que não aumentaria mais os impostos para bebidas em 2013. O executivo acrescentou que a manutenção dos tributos nos atuais níveis ajudaria a elevar os volumes em 2014.

"Em 2010 não houve aumento de imposto, por coincidência outro ano eleitoral", observou.

Terceiro Trimestre

Entre julho e setembro, o volume de bebidas vendidas pela Ambev caiu 3,1 por cento. Considerando apenas as cervejas comercializadas no Brasil, seu principal mercado, a queda foi ainda mais expressiva, de 5 por cento.


Em comunicado, a Ambev previu que a indústria nacional deve terminar 2013 com contração nas vendas de cerveja, ante estimativa anterior que considerava a possibilidade de um resultado estável ou negativo em um dígito baixo.

Mesmo com menos vendas, a empresa elevou a receita líquida em 5,3 por cento no trimestre, a 8,5 bilhões de reais, ajudada pela estratégia de aumentar preços e mais distribuição direta.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 11 por cento ante igual período do ano passado, para 4,2 bilhões de reais. Analistas esperavam Ebitda de 4,1 bilhões de reais, segundo pesquisa da Reuters.

O vice-presidente financeiro da empresa, Nelson Jamel, afirmou que 2014 deve ver o alinhamento de três variáveis favoráveis ao aumento do volume: impostos estáveis, melhoria do cenário macroeconômico e ajuda da Copa do Mundo.

"O aumento de impostos a que o setor foi submetido nos últimos três anos foi provavelmente maior que nos dez anos anteriores. Como isso é repassado ao preço, o volume sofre".

Prevendo um cenário mais positivo, também guiado pelo arrefecimento da inflação, manutenção dos níveis de emprego e com os jogos da Copa turbinando o consumo de cerveja no inverno, a Ambev pode ter em 2014 "um ano muito melhor do ponto de vista de crescimento e faturamento, muito mais em volume do que em preço", acrescentou o executivo.

A companhia manteve plano de investimento de cerca de 3 bilhões de reais este ano, com crescimento de despesas gerais e administrativas abaixo da inflação.

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