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ALL vê potencial de grandes sinergias em fusão com Rumo

Proposta feita pela Rumo em fevereiro para incorporar a ALL foi aprovada pelos acionistas da empresa ferroviária na quinta-feira


	Cosan: união deve deixar empresas mais fortes para discutir alternativas que levem a concessões de ferrovias
 (Andrew Harrer/Bloomberg News)

Cosan: união deve deixar empresas mais fortes para discutir alternativas que levem a concessões de ferrovias (Andrew Harrer/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 11h31.

São Paulo - A empresa de ferrovias ALL vê um potencial de grandes sinergias na fusão com a Rumo Logística, empresa da Cosan, com melhor produtividade nas ferrovias e em terminais portuários, segundo o diretor de relações com investidores da companhia, Rodrigo Campos.

A proposta feita pela Rumo em fevereiro para incorporar a ALL foi aprovada pelos acionistas da empresa ferroviária na quinta-feira, após ter recebido o crivo do Conselho de Administração em meados de abril.

Para se concretizar, porém, a operação ainda requer o aval de órgãos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

"Hoje a Rumo tem um terminal (portuário) grande em Santos que é muito focado em açúcar. A gente sabe que o pico da safra do grão é na entressafra do açúcar", disse Campos em encontro com analistas promovido pela Apimec, acrescentando que o terminal poderia ser usado para grãos.

O executivo também considerou que a união deve deixar as empresas mais fortes para discutir alternativas que levem a concessões de ferrovias.

No entanto, Campos ressaltou que a fusão só terá início após a aprovação do Cade, que tem cerca de 330 dias para avaliar a operação. Ele disse que as companhias devem agora formar comitês independentes para formular o processo de unificação.

O executivo também minimizou possíveis preocupações do Cade sobre concorrência.

"Nosso negócio tem característica diferente. Não é negócio onde a gente (ALL e Rumo) disputa o mesmo cliente. A preocupação tende a estar mais no livre acesso a ferrovias. Mas a combinação adiciona eficiência ao sistema. No final, vai ter mais pra todo mundo", afirmou.

Agentes de outros setores como a fabricante de celulose Fibria demonstraram preocupação com a fusão, com receio de que a nova empresa favoreceria o transporte de açúcar em detrimento de outros produtos.

Campos afirmou que as empresas irão trabalhar para que outros setores tenham melhor compreensão da operação, considerando que não haverá prejudicados.

A fusão deverá criar uma gigante do setor de logística e colocar fim a um litígio entre as empresas sobre o cumprimento de contratos de transporte de açúcar.

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