Negócios

ALL discute com Rumo aumento de transporte de açúcar

As negociações fazem parte dos esforços das duas companhias de colocar fim ao litígio iniciado em outubro passado entre elas


	Colheita de cana-de-açúcar da Cosan: a operação vai ser submetida ao Cade e a expectativa é de que seja aprovada até o fim do ano
 (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Colheita de cana-de-açúcar da Cosan: a operação vai ser submetida ao Cade e a expectativa é de que seja aprovada até o fim do ano (Rodolfo Buhrer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 10h17.

São Paulo - A América Latina Logística e a Rumo, do grupo Cosan, deram início a conversas para que a concessionária aumente o volume do transporte de açúcar da subsidiária da Cosan, informaram fontes ligadas às duas empresas.

Essas negociações fazem parte dos esforços das duas companhias de colocar fim ao litígio iniciado em outubro passado entre elas, em relação ao contrato de transporte de açúcar firmado em 2009.

Na semana passada, os acionistas da ALL aprovaram a proposta feita pela Cosan para incorporar os ativos da companhia férrea. A assembleia geral extraordinária (AGE) dos acionistas da ALL para aprovar a transação com a Rumo foi marcada para o dia 8 de maio.

A operação vai ser submetida ao Cade e a expectativa é de que seja aprovada até o fim do ano.

Até lá, as duas empresas vão buscar uma forma de pôr fim à briga entre elas na Justiça, segundo fontes familiarizadas com a operação.

No fim de março, a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) negou recurso apresentado pela concessionária contra a subsidiária da Cosan, por suposto descumprimento de obrigações contratuais.

A agência entende que a ALL tem de cumprir o contrato assinado com a Rumo e a Agrovia, que também fez reclamação.

Fontes ligadas à ALL afirmaram que a concessionária decidiu recorrer da decisão da ANTT "por questões meramente jurídicas", mas que as duas companhias já estão em negociações para que a ALL aumente os volumes de transporte de açúcar para a Rumo.


Acordo

Em comunicado ao mercado, a companhia férrea informou que os acionistas da ALL vão receber 2,61347 ações ordinárias da Rumo para cada uma ação ordinária da companhia por eles detidas na data da incorporação de ações. Serão atribuídas aos acionistas 1.785.808.263 ações ordinárias, que representam 63,5% do capital social da Rumo.

Já os acionistas da Rumo ficam como titulares de 1.026.488.214 ações ordinárias, 36,5% do capital social. Caso seja aprovada a incorporação, o capital social da Rumo passará de R$ 4,351 bilhões, com a emissão de novas ações, para R$ 5,451 bilhões.

A relação de substituição foi estabelecida com base em um valor de referência de R$ 6,958 bilhões para a ALL, ou um preço por ação de R$ 10,184, e em um valor de referência de R$ 4 bilhões para a Rumo, a um preço implícito por ação de R$ 3,90.

O registro de companhia aberta da ALL será mantido após a incorporação de ações até deliberação da Rumo. No entanto, as ações da ALL deixarão de ser negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa após a consumação da incorporação de ações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Alimentos processadosAtacadoComércioCosanEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasRumo ALLSetor de transporte

Mais de Negócios

Empreendedorismo feminino cresce com a digitalização no Brasil

Quanto aumentou a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo desde 2000?

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi