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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A Varig quer desenvolver um plano de reestruturação nos moldes da nova Lei de Falências. A informação é do vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar. O artigo 199 da Lei de Recuperação de Empresas permite que as companhias aéreas se enquadrem nas novas regras. Pelo Código Aeronáutico Brasileiro, de 1986, as aéreas estavam proibidas de pedir concordata, porque pela avaliação predominante à época a segurança dos vôos poderia ser afetada por uma empresa em péssimas condições de caixa (leia reportagem de EXAME sobre os perigos da precariedade financeira da Vasp).
Após reunir-se nesta sexta-feira (18/2) com o presidente da Varig, Carlos Martins, com o comando da Aeronáutica e representantes do Unibanco e da consultoria Trevisan, Alencar declarou que o objetivo é aproveitar os 120 dias de prazo para a entrada da lei em vigor para preparar a reestruturação da companhia. Além de oficializar a sobrevida da empresa por mais um semestre, o vice-presidente afastou, pelo menos por enquanto, a possibilidade de venda da empresa. "Não se pode falar em venda. Primeiro, tem de ver o problema de enquadramento na lei de recuperação", disse Alencar (leia artigo exclusivo de Edward Amadeo sobre como a estatização da Varig seria um péssimo sinal para os investidores).
Com informações da Agência Brasil.