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Alemanha ordena "recall" da Porsche por fraude em testes de emissões

Empresa disse que em toda a Europa cerca de 53.000 Macans equipados com motores a diesel de 3.0 litros e 6.800 Cayennes de 4.2 litros foram afetados

Porsche: "dispositivos manipuladores" ilegais foram identificados" em cerca de 4.000 automóveis (Getty Images/Getty Images)

Porsche: "dispositivos manipuladores" ilegais foram identificados" em cerca de 4.000 automóveis (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 18 de maio de 2018 às 18h43.

Autoridades alemãs disseram nesta sexta-feira (18) ter ordenado que 19.000 SUVs da Porsche fossem retirados do mercado por causa de fraudes de emissões, afirmando que um total de 60.000 veículos manipulados foram identificados em toda a Europa.

"'Dispositivos manipuladores' ilegais foram identificados" em cerca de 4.000 automóveis Cayenne e 15.000 Macan vendidos pela subsidiária da Volkswagen na Alemanha, disse à AFP um porta-voz da autoridade de licenciamento de veículos KBA.

"Dispositivo manipulador" se refere ao software projetado para reduzir as emissões nocivas durante testes regulatórios.

Um porta-voz da Porsche disse que em toda a Europa cerca de 53.000 Macans equipados com motores a diesel de 3.0 litros e 6.800 Cayennes de 4.2 litros foram afetados pelo 'recall'.

O semanário Der Spiegel informou que os investigadores da KBA descobriram que os motores a diesel do Macan - que a Porsche afirmava estarem em conformidade com os mais recentes e rigorosos padrões de emissões "Euro 6" - continham cinco dispositivos manipuladores mesmo após uma atualização de software em 2016 criada para reduzir a poluição.

O porta-voz da Porsche disse que a empresa está "trabalhando com a KBA em uma solução técnica" para o software de controle de motor do Macan, acrescentando que já concordou com uma atualização para o Cayenne e contatará os proprietários sobre a instalação.

A indústria automobilística da Alemanha permanece no foco da mídia e dos investigadores quase três anos após a Volkswagen admitir, em setembro de 2015, ter manipulado 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo para fraudar os testes de emissões.

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