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Alemanha cria cota para mulher em conselhos de administração

Nova lei prevê que 30% das cadeiras dos conselhos de administração de empresas na Alemanha sejam preenchidas por mulheres


	Executivas: cotas para diminuir desigualdade de gênero do topo da hierarquia
 (Stock Exchange)

Executivas: cotas para diminuir desigualdade de gênero do topo da hierarquia (Stock Exchange)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 7 de março de 2015 às 18h06.

São Paulo - Uma nova lei na Alemanha abre caminho para as mulheres ganharem mais posições na  hierarquia das empresas.

Aprovada na sexta-feira 6, pela Câmara dos Deputados do país e às vésperas do Dia Internacional da Mulher, a legislação prevê que as companhias destinem até 30% das cadeiras nos conselhos de administração para as executivas.

As cotas para mulheres chegam para minimizar a desigualdade de gênero no comando das companhias e começam a valer a partir do ano que vem. Serão afetadas diretamente pela nova lei as grandes empresas, com mais de 2 mil funcionários.

As de médio porte, que são mais de 3,5 mil companhias no país, também terão de determinar uma cota própria para executivas: quase 60% das médias empresas na Alemanha não têm mulheres em cargos de liderança,  segundo pesquisa publicada pelo jornal alemão Handelsblatt.

Mas os germânicos não estão sendo pioneiros, desta vez. Em 2003, a Noruega aprovou a obrigatoriedade da presença feminina em 40% das cadeiras dos conselhos de administração das companhias de lá. Espanha, França, Finlândia, Holanda e Itália seguiram pelo mesmo caminho.

Por aqui, a igualdade de gênero no mundo corporativo está longe de ser uma realidade espontânea e ainda não há legislação neste sentido. No entanto, já há os que defendam a adoção de sistema de cotas femininas. A presidente do Magazine Luiza, Luiza Trajano, é uma das pessoas que levantam esta bandeira.

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