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Além da Faria Lima: WeWork vê oportunidades em bairros residenciais

A WeWork lançou um cartão que dá acesso a todos os prédios da empresa, em qualquer lugar do mundo; produto foi testado em São Paulo

Dicas de serviços que funcionam 24 horas na cidade de São Paulo. Coworking We Work, escritório compartilhado no Brooklin Paulista. (Renato Pizzutto/Exame)

Karin Salomão

Publicado em 7 de setembro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 7 de setembro de 2020 às 10h01.

Osasco, São Bernardo e Santo André: há um interesse cada vez maior por escritórios em outras cidades na Grande São Paulo, segundo a WeWork. Mesmo dentro da cidade, ganham relevância os escritórios da WeWork em bairros mais residenciais - a empresa inaugurou recentemente um prédio na Vila Madalena, que abriga empresas como a Quinto Andar. Esse movimento acontece também em outras cidades brasileiras em que a empresa atua.

Para a empresa de aluguel de espaços corporativos, a tendência de trabalho de qualquer lugar deve dar mais flexibilidade para empresas e funcionários e impactar na escolha da localização dos novos escritórios . Sobre os locais mais distantes dos centros,"achamos essas localidades muito interessantes, porque muita gente prefere voltar do escritório andando", diz Lucas Mendes, diretor geral do WeWork Brasil, em entrevista a EXAME.A WeWork tem 33 prédios no Brasil, em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre  - no mundo são 812 locais em 120 cidades.

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Além de trabalhar de casa ou na sede da companhia, os funcionários e empresas passaram a se interessar por poder trabalhar de outros ambientes, como escritórios satélites. Esses locais são mais próximos das casas dos funcionários, o que leva a um tempo menor de deslocamento e reduz a necessidade de usar meios de transporte público lotados, deixando o trajeto ao trabalho mais seguro e cômodo.

Isso não significa que regiões comerciais tradicionais, como a Av. Paulista, a Av. Faria Lima ou a Vila Olímpia, no caso de São Paulo, devem perder sua relevância. "Endereços principais são principais por um motivo e ainda há lugar para abrir escritórios na Faria Lima", afirma o executivo, "mas temos visto um interesse crescente por locais mais residenciais".

 

 

A WeWork lançou um novo produto, o WeWork All Access, cartão que dá acesso a todos os prédios da empresa, em qualquer lugar do mundo. O cartão começou a ser testado em São Paulo no ano passado, inicialmente com empresas menores e freelancers. Depois do projeto piloto, a inovação brasileira deve ser lançada em todos os mercados nos quais a WeWork atua, para clientes de diversos tamanhos.

A empresa não se preocupa com o aumento do home office - e a desocupação de andares inteiros feita por grandes empresas. Para a WeWork, a pandemia irá mudar a forma como empresas enxergam o escritório - de um local de trabalho para um espaço de convivência.

Em entrevista aEXAMEem junho, Mendes afirmou que o WeWork tem sido procurado por empresas em busca de soluções mais personalizadas e flexíveis para seus escritórios. “No modelo tradicional de escritório, a empresa contrata arquiteto, assina contratos com prazo de locação longos. Se acontece algo e ela precisa reduzir de 1.000 para 500 postos de trabalho, vai ter dificuldades”, afirma. “Já nós temos produtos ultra personalizados, e essa característica está mais valorizada agora.”

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