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Airbnb divulga medidas para combater casos de preconceito

Brian Chesky, fundador e CEO da companhia, disse que “o Aibnb nunca conseguirá cumprir sua missão sem combater seriamente a discriminação em sua plataforma”

Airbnb: O fundador disse que “o Aibnb nunca conseguirá cumprir sua missão sem combater a discriminação em sua plataforma” (Getty Images)

Karin Salomão

Publicado em 14 de setembro de 2016 às 16h54.

São Paulo – O Airbnb tem uma nova missão, tão ousada quanto necessária: reduzir a discriminação contra hóspedes de diferentes culturas, etnias, raças, religiões, sexo ou orientação sexual.

Por ter acomodações em mais de 34.000 cidades em 191 países, a plataforma possibilita encontros e aprendizagem com pessoas de várias culturas distintas. Mas o choque cultural pode ter consequências negativas. Um número crescente de usuários tem denunciado casos de preconceito .

Brian Chesky, fundador e CEO da companhia, disse a Murphy a empresa foi lenta ao reconhecer a urgência de combater os casos de discriminação. O relatório “O trabalho do Airbnb para lutar contra discriminação e construir inclusão” foi divulgado essa semana, assinado por Laura Murphy, que trabalhou por anos pela proteção e melhora dos direitos civis nos Estados Unidos.

Embora a companhia sempre tenha proibido o preconceito , a política e os processos internos para evitar que isso acontecesse não eram tão fortes ou eficientes, afirmou o documento.

“Como resultado, alguns membros não receberam a resposta rápida e compassiva que eles mereciam ao reportar casos de discriminação”, diz o relatório. Por isso, uma das modificações será a abertura de canal mais rápido para esse tipo de denúncia.

“Essas mudanças são apenas os primeiros passos. Airbnb entende que uma única companhia não pode eliminar racismo e discriminação”, afirma o relatório.

Pequenas transformações, do começo ao fim

O primeiro passo foi atualizar a política antidiscriminação, que precisará ser aceita por todos os membros da comunidade a partir de novembro de 2016.

O compromisso afirma que “ao se unir à nossa plataforma, você deve se comprometer a tratar todos os membros, independente da raça, religião, país de origem, deficiência, sexo, identidade de gênero, orientação sexual ou idade, com respeito, sem julgamento ou discriminação”.

A rede irá incentivar a adesão dos anfitriões da ferramenta Reserva Instantânea, que permite que um hóspede reserve sua acomodação sem passar pela aprovação do dono do local. Até janeiro de 2017, a companhia espera ter 1 milhão de hospedagens adeptas dessa ferramenta.

Outra mudança será reduzir a importância das fotos de perfil na plataforma e aumentar o impacto de outras informações sobre as pessoas, para diminuir a discriminação baseada apenas pela aparência.

O processo de cancelamento também será alterado. A pesquisa identificou que alguns anfitriões cancelavam as reservas alegando que o local estaria indisponível naquela data, mas depois reabriam a reserva para alguém de outra etnia.

Para impedir que isso aconteça, o Airbnb irá bloquear a data na agenda do anfitrião caso ele afirme que o local estará indisponível.

Além disso, a especialista identificou problemas internos. A equipe da própria empresa não era diversificada o suficiente e não recebia treinamentos consistentes. Todos os funcionários, agora, participarão de cursos para identificar e corrigir casos de preconceito até janeiro de 2017.

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São Paulo – O Airbnb tem uma nova missão, tão ousada quanto necessária: reduzir a discriminação contra hóspedes de diferentes culturas, etnias, raças, religiões, sexo ou orientação sexual.

Por ter acomodações em mais de 34.000 cidades em 191 países, a plataforma possibilita encontros e aprendizagem com pessoas de várias culturas distintas. Mas o choque cultural pode ter consequências negativas. Um número crescente de usuários tem denunciado casos de preconceito .

Brian Chesky, fundador e CEO da companhia, disse a Murphy a empresa foi lenta ao reconhecer a urgência de combater os casos de discriminação. O relatório “O trabalho do Airbnb para lutar contra discriminação e construir inclusão” foi divulgado essa semana, assinado por Laura Murphy, que trabalhou por anos pela proteção e melhora dos direitos civis nos Estados Unidos.

Embora a companhia sempre tenha proibido o preconceito , a política e os processos internos para evitar que isso acontecesse não eram tão fortes ou eficientes, afirmou o documento.

“Como resultado, alguns membros não receberam a resposta rápida e compassiva que eles mereciam ao reportar casos de discriminação”, diz o relatório. Por isso, uma das modificações será a abertura de canal mais rápido para esse tipo de denúncia.

“Essas mudanças são apenas os primeiros passos. Airbnb entende que uma única companhia não pode eliminar racismo e discriminação”, afirma o relatório.

Pequenas transformações, do começo ao fim

O primeiro passo foi atualizar a política antidiscriminação, que precisará ser aceita por todos os membros da comunidade a partir de novembro de 2016.

O compromisso afirma que “ao se unir à nossa plataforma, você deve se comprometer a tratar todos os membros, independente da raça, religião, país de origem, deficiência, sexo, identidade de gênero, orientação sexual ou idade, com respeito, sem julgamento ou discriminação”.

A rede irá incentivar a adesão dos anfitriões da ferramenta Reserva Instantânea, que permite que um hóspede reserve sua acomodação sem passar pela aprovação do dono do local. Até janeiro de 2017, a companhia espera ter 1 milhão de hospedagens adeptas dessa ferramenta.

Outra mudança será reduzir a importância das fotos de perfil na plataforma e aumentar o impacto de outras informações sobre as pessoas, para diminuir a discriminação baseada apenas pela aparência.

O processo de cancelamento também será alterado. A pesquisa identificou que alguns anfitriões cancelavam as reservas alegando que o local estaria indisponível naquela data, mas depois reabriam a reserva para alguém de outra etnia.

Para impedir que isso aconteça, o Airbnb irá bloquear a data na agenda do anfitrião caso ele afirme que o local estará indisponível.

Além disso, a especialista identificou problemas internos. A equipe da própria empresa não era diversificada o suficiente e não recebia treinamentos consistentes. Todos os funcionários, agora, participarão de cursos para identificar e corrigir casos de preconceito até janeiro de 2017.

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