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Air France prevê corte de 5.120 empregados até final de 2013

A companhia aérea francesa quer alcançar esse número sem a necessidade de demissões

Para não ser obrigada a realizar demissões, a empresa pretende estimular aposentadorias antecipadas, demissões voluntárias ou mudança para jornadas de tempo parcial (Bertrand Guay/AFP)

Para não ser obrigada a realizar demissões, a empresa pretende estimular aposentadorias antecipadas, demissões voluntárias ou mudança para jornadas de tempo parcial (Bertrand Guay/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 09h20.

Paris - A companhia francesa Air France informou nesta quinta-feira que até o final de 2013 pretende eliminar 5,120 mil postos de trabalho, número que espera alcançar sem a necessidade de demissões.

A direção divulgou seu plano de reestruturação após uma reunião com o comitê de empresa. Na ocasião foi detalhado que o corte de 1,71 mil postos corresponde a saídas dos aposentados, sem substituição, enquanto outro de 3,41 mil cargos se deve a um excesso de trabalhadores, com os quais se pretende estabelecer um acordo.

Além disso, para não ser obrigada a realizar demissões, a empresa pretende estimular aposentadorias antecipadas, demissões voluntárias ou mudança para jornadas de tempo parcial.

Em comunicado, a Air France disse que se o plano for aplicado segundo o previsto, as demissões forçadas poderão ser evitadas em 2014. A companhia aérea ainda ressaltou que a dinâmica empreendida com as organizações sindicais permitirá elaborar um balanço, em 28 de junho, sobre a aceitação destas condições.

Sem o alcance de um acordo, a Air France alertou que as condições em acordos futuros ocorrerão em um contexto econômico mais limitado e que as demissões voluntárias não poderão ser evitadas.

O plano industrial e estratégico divulgado hoje se inclui nos planos de transformação da empresa até 2015, que foi lançado em janeiro e pretende restaurar a rentabilidade da companhia aérea e reduzir o endividamento líquido de 2 bilhões de euros.

A Air France, afetada pela concorrência de grandes companhias asiáticas e de baixo custo, pretende atingir um lucro de competitividade de 20% em um contexto de aumento de sua oferta de no máximo 5% nos dois próximos anos, ritmo notavelmente inferior ao anterior à crise. 

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