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Air France-KLM aposta no Brasil mesmo com economia desaquecida

"Nossa missão é expandir no Brasil", disse Elbers após a comemoração do primeiro ano de voos para a cidade de Fortaleza

 (KLM/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2019 às 06h00.

Última atualização em 24 de maio de 2019 às 11h49.

A Air France-KLM planeja expandir sua presença no Brasil, mesmo com o país ainda tentando se recuperar da recessão.

O Brasil é um mercado atraente, disse Pieter Elbers, que comanda o braço holandês da companhia aérea. Em entrevista em São Paulo, o executivo destacou a taxa de ocupação, de 90% em 42 voos semanais, e a localização do país, que o torna um hub ideal para atender o restante do continente.

"Nossa missão é expandir no Brasil", disse Elbers após a comemoração do primeiro ano de voos para a cidade de Fortaleza, acrescentando que, mais cedo ou mais tarde, a economia vai se recuperar de forma mais consistente da crise de 2014.

Apesar da projeção de economistas de um terceiro ano de fraco crescimento no Brasil, o país ainda é, de longe, a maior economia da América Latina. A operação da Air France-KLM também é impulsionada por um acordo codeshare com a Gol Linhas Aéreas, a maior companhia aérea do país em número de passageiros transportados, que dá acesso a 40 destinos.

As declarações de Elbers vêm na esteira de meses turbulentos para o comando da Air France-KLM. Seu cargo ficou na berlinda por um tempo, enquanto a equipe na Holanda fazia manifestações pedindo a renovação de seu contrato dentro do processo de reorganização conduzido pelo novo CEO, Ben Smith.

A Air France e a KLM atendem as mesmas três cidades brasileiras. A divisão francesa tem dois voos diários para São Paulo e também opera voos diários para o Rio de Janeiro. A KLM oferece voos para as duas cidades diariamente.

Fortaleza, de onde a Gol oferece conexões para Belém, Manaus, Natal, Recife e Salvador, tem quatro voos semanais operados pela divisão holandesa e voos operados três vezes por semana pela Air France. O Brasil é o décimo maior mercado global do grupo, que tem uma participação de 16% na receita de voos internacionais do país.

Elbers disse que há uma crescente demanda por voos entre o Brasil e o Reino Unido e para o norte e leste da Europa, além das conexões tradicionalmente com alta procura entre o país e o sul do continente. Esse é um fator positivo para a Air France-KLM, com seus hubs em Paris e Amsterdã.

Melhorias na infraestrutura e instalações dos terminais também são um incentivo, disse o executivo. Os aeroportos internacionais de São Paulo e Rio de Janeiro se beneficiaram de investimentos depois das concessões realizadas em 2012. Fortaleza também deve se beneficiar de investimentos em modernização sob a operação da alemã Fraport, que venceu a concessão do aeroporto recentemente.

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