Agibank usa tecnologia para levar carinho a idosos
O banco doa tablets adaptados a público 50+, e colaboradores atuam como voluntários para levar carinho e digitalização por meio de videochamadas
Isabela Rovaroto
Publicado em 31 de agosto de 2020 às 08h00.
Hoje em dia, muitos serviços essenciais só podem ser acessados ou realizados pela internet, como fazer a declaração do imposto de renda ou acessar o INSS. Agora imagine a saga de idosos que não têm acesso e, pior, não sabem sequer navegar na internet para manter essa e outras obrigações em dia?
O Brasil tem cerca de 54 milhões de pessoas com 50 anos ou mais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa expressiva parcela da população, que tem mais restrições para usufruir do mundo digital, viu tudo ficar ainda mais difícil com a pandemia de covid-19, que já dura meses e obriga todo mundo a se adaptar às atividades à distância para resolver questões práticas do dia a dia.
Para dar conta disso, o Agibank adaptou a maneira com que se relaciona com seus clientes. Foi além do atendimento aos correntistas e resolveu prestar apoio a idosos que vivem em situação de isolamento em instituições de longa permanência, aliviando a solidão e a carência dessas pessoas e, ao mesmo tempo, colaborando para sua alfabetização digital e maior independência por meio da plataforma @mizade Sem Idade.
A iniciativa do banco digital combinou proximidade e tecnologia para levar carinho e digitalização aos idosos da instituição Cuidando em Casa, de Porto Alegre, os quais
ganharam tablets especiais, com a interface pensada para o público mais velho, como ícones maiores, o que permitiu que se conectassem com os colaboradores do banco por meio de videochamadas semanais.
“Neste momento de distanciamento social, o Agibank usou a tecnologia para levar carinho e inclusão digital a quem mais precisa de proteção: os idosos. Além disso, atendemos à vontade dos nossos colaboradores de atuar como voluntários nessa iniciativa”, comenta Fernando Castro, diretor de tecnologia e produtos do Agibank.
O projeto teve início em julho e será expandido para outras instituições do Brasil nos próximos meses, inclusive abrindo a possibilidade para outras pessoas e empresas atuarem como voluntárias, mesmo depois do fim da pandemia.
Carinho e inclusão digital
E sobre o que eles conversam? Castro explica que a temática é livre. “Nosso objetivo maior é levar atenção e carinho, mas questões sobre tecnologia e finanças surgem nos diálogos de uma maneira espontânea e fluida.”
Os colaboradores voluntários, embora já tenham know-how sobre o público, passam por um treinamento prévio em que se qualificam para interagir com os idosos, para quem o banco oferece soluções financeiras há bastante tempo e que já representa mais de 50% da sua base de clientes.
Ser menos digitalizado é uma característica desse público. Por isso, o relacionamento “olho no olho” com o cliente e o atendimento próximo, simples e acolhedor são muito importantes — e uma meta para o banco. “Prova disso é sermos um banco digital que tem mais de 600 lojas para receber as pessoas presencialmente”, conta o executivo. “Somos focados no público 50+, que demanda ainda mais o atendimento físico, especialmente quando o assunto é dinheiro e finanças.”
Com o envelhecimento populacional acelerando rapidamente no Brasil, faz sentido investir nos 50+, hoje desassistidos pelas marcas e, principalmente, por players digitais que se posicionam estrategicamente para os millenials — integrantes da geração Y nascidos após 1980.
Outras frentes
Ações diferenciadas para o público 50+ não são novidade no Agibank. Recentemente, o banco inaugurou um conceito de loja, a “antiagência”, totalmente diferente da agência bancária tradicional. A loja foi pensada para atender especialmente esse público, oferecendo uma experiência próxima e acolhedora.
O banco também oferece navegação patrocinada no aplicativo Agibank, como estímulo ao uso dos canais digitais. O time de consultores nas lojas é treinado para auxiliar o cliente a baixar o app e fazer as primeiras incursões, utilizando o atendimento presencial como um mecanismo para tornar a jornada digital.
Além disso, os produtos e serviços do Agibank são pensados especialmente para esse público, como o seguro de vida que tem entre seus benefícios o auxílio para compra de medicamentos genéricos.
“Somos omnichannel, ou seja, oferecemos uma combinação de experiência digital simples com uma experiência presencial próxima e acolhedora também voltada para a digitalização. Nossos clientes são recebidos por um sorriso no rosto, e não por uma porta-giratória”, finaliza Castro.