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AES Tietê mira leilão do governo para levar soluções com baterias

Licitação é vista no grupo como oportunidade para aplicação de soluções de armazenamento de energia com baterias, tecnologia na qual a AES quer ser pioneira

Joint venture: tecnologia também é uma aposta em nível global da AES, que criou uma joint venture junto à Siemens, a Fluence, para fornecer soluções de armazenamento de energia (AES/Divulgação)

Joint venture: tecnologia também é uma aposta em nível global da AES, que criou uma joint venture junto à Siemens, a Fluence, para fornecer soluções de armazenamento de energia (AES/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2018 às 13h51.

São Paulo- A elétrica AES Tietê, da norte-americana AES, está de olho em um leilão que o governo federal pretende realizar para viabilizar soluções de eficiência energética em Roraima, Estado que tem sofrido com dificuldades de fornecimento porque recebe parte de sua energia da vizinha Venezuela, que enfrenta uma severa crise financeira.

A licitação é vista no grupo como uma oportunidade para a aplicação de soluções de armazenamento de energia com baterias, tecnologia na qual a AES quer ser pioneira no Brasil, disse a jornalistas o presidente da AES Tietê, Ítalo Freitas, durante evento da companhia em São Paulo nesta terça-feira.

A tecnologia também é uma aposta em nível global da AES, que criou uma joint venture junto à Siemens, a Fluence, para fornecer soluções de armazenamento de energia.

"Se houver o projeto de Roraima a gente vai participar... no mundo a AES é líder nessa tecnologia, por que não ser líder no Brasil?", afirmou Freitas.

Ele lembrou que a companhia já instalou um projeto-piloto, que iniciou recentemente as operações.

Esse primeiro sistema da AES Tietê, nas instalações de sua hidrelétrica de Bariri (SP), tem uma capacidade instalada de 161 kilowatts, que pode ser expandida para até 1 megawatt.

Realizado com verbas destinadas a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), ele teve investimento de cerca de 5,4 milhões de reais e utiliza equipamento da Fluence.

O presidente da AES no Brasil, Julian Nebreda, disse à Reuters nesta semana que a companhia quer ser pioneira em baterias no Brasil, onde buscará ainda concentrar os investimentos em energia renovável.

RORAIMA

No caso de Roraima, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem discutido com autoridades e agentes de mercado como viabilizar o pretendido leilão para contratar projetos de eficiência energética, algo ainda inédito no país.

A agência quer que o projeto piloto no Estado da região Norte viabilize benefícios de 206 milhões de reais para o sistema elétrico nacional nos próximos dez anos, além de ganhos de quase 300 milhões de reais para os consumidores locais beneficiados pelas medidas de eficiência.

Mas, em uma consulta pública sobre a iniciativa, a AES afirmou que as regras inicialmente propostas pela agência não viabilizariam o uso de soluções com baterias, e sugeriu mudanças para poder aplicar a tecnologia.

"O armazenamento por baterias, tema de interesse em Roraima, não teria remuneração adequada no modelo de leilão proposto, uma vez que não são contemplados os benefícios de um sistema com armazenamento em relação a um sistema convencional", apontou a AES Tietê em contribuição enviada à Aneel.

A consulta pública aberta pelo regulador sobre a licitação foi encerrada na semana passada.

A Aneel prevê publicar em outubro o edital para o leilão de eficiência energética, que poderia assim ser realizado em dezembro.

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