Águas de Manaus: cidade amazonense se tornou a capital que mais investiu em saneamento no Norte e Nordeste do país nos últimos anos, de acordo com dados do Instituto Trata Brasil (Aegea/Reprodução)
exame.solutions
Publicado em 29 de agosto de 2022 às 10h00.
Última atualização em 6 de setembro de 2022 às 18h09.
Quando surgiu, em 2010, a Aegea Saneamento atendia seis municípios. Hoje, é responsável por levar saneamento a mais de 21 milhões de brasileiros de 154 cidades de todos os portes por meio de suas concessionárias, distribuídas em 13 estados de norte a sul do Brasil.
O alcance da operação da Aegea é proporcional ao tamanho da sua responsabilidade em relação à melhoria da qualidade de vida dos moradores de municípios e comunidades em que atua.
Um bom exemplo é o que vem sendo feito em Manaus, no Amazonas, que se tornou a capital que mais investiu em saneamento no Norte e Nordeste do país nos últimos anos, de acordo com dados do “Ranking do Saneamento” do Instituto Trata Brasil.
Manaus é ainda a capital que mais ampliou a oferta de água tratada entre 2018 e 2021, e, hoje, 98% da população tem acesso a água de qualidade. A cidade trouxe particularidades na expansão das redes de água, que foram acomodadas pelo programa “Vem com a Gente”, que instalou cerca de 150 km de redes em regiões de becos, palafitas e rip-raps.
Com o alcance do projeto, áreas que foram ocupadas há décadas, mas que não contavam com acesso regular à rede de água, passaram a integrar o sistema, com 130 mil famílias recebendo água tratada nas torneiras pela primeira vez.
Além disso, hoje mais de 100 mil famílias manauaras de baixa renda são contempladas com a Tarifa Social, que concede desconto de 50% no valor da fatura e, com isso, uma população aproximada de 500 mil moradores é protegida pelo benefício.
Nos próximos anos, a maior cidade da região Amazônica deve receber R$ 1 bilhão em investimentos com o intuito de beneficiar, diretamente, mais de 1 milhão de moradores com coleta e tratamento de esgoto – o que vai impactar tanto a saúde das pessoas como a preservação do meio ambiente. A expectativa é de que a cobertura de esgoto sanitário na cidade chegue a 45% em 2025.
Manaus é só um dos exemplos das mudanças que a Aegea vem ajudando a promover pelo país. O impacto é percebido também em outras cidades, como Teresina, onde desde o início da concessão da companhia, em 2017, as internações decorrentes de diarreia caíram 69%; os casos de dengue, 66%.
Os investimentos promovidos garantiram ainda a universalização do abastecimento de água na zona urbana e contribuíram para que o município encerrasse o ano de 2021 com 42,6% de cobertura de esgoto – a perspectiva é chegar a 59% até 2024.
Em Barcarena, no Pará, até a chegada da Aegea, em 2014, nenhuma gota de esgoto residencial recebia tratamento. Com a chegada da concessionária Águas de São Francisco, os investimentos já proporcionaram a operação de duas estações de tratamento de esgoto e a terceira em construção.
Com isso, 24% da cidade já possui o serviço, o que coloca Barcarena como uma das referências no saneamento do Pará, superando a capital Belém, que atualmente trata menos de 3% do esgoto, segundo o Instituto Trata Brasil.
Crato, no Ceará, é uma concessão recente da Aegea, e hoje trata somente 3% de seu esgoto. Com os serviços da nova concessionária, a Ambiental Crato, este número deve alcançar 50% em apenas dois anos, com um investimento de R$ 100 milhões nos primeiros cinco anos e um total de R$ 250 milhões investidos ao longo dos 35 anos de contrato, beneficiando 133 mil pessoas.
Já Piracicaba é a prova do quão bem-sucedido pode ser o trabalho conjunto entre os setores público e privado. A cidade, no interior de São Paulo, tem a universalização do saneamento desde 2014 e está entre as primeiras colocadas nos índices de atendimento total de esgoto no Brasil, com 100% de cobertura. O resultado foi obtido em apenas dois anos após o início da parceria público-privada com a Aegea, em 2012.
Responsabilidade socioambiental
Além de ser balizada pela eficiência operacional e entrega de resultados sólidos e consistentes, a Aegea, por meio do Instituto Aegea, traz um olhar socioambiental para comunidades e municípios onde opera, para deixar um legado positivo de sua atuação.
A busca é por ampliar os ganhos que os serviços da empresa já trazem ao dia a dia das pessoas, fortalecendo as políticas de investimento social e negócios de impacto, principalmente contribuindo com a melhora dos pilares ligados ao IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, dos territórios em que a empresa está presente.
São diversos projetos e ações, por exemplo o Saúde Nota 10, que oferece educação ambiental para jovens e crianças da rede pública de ensino e que, em 2021, engajou 284 professores e 7.855 alunos de 94 escolas; e o programa de Olho no Óleo, que recolheu 2.015 litros de óleo, evitando a contaminação de mais de 50 mil litros de água via coleta e destinação adequada do resíduo.
Outro exemplo é o programa Afluentes, que visa promover o relacionamento das concessionárias Aegea com as lideranças locais, buscando conhecer as necessidades, as sugestões e as opiniões das comunidades para assim melhorar continuamente a prestação dos serviços.
Dentro da companhia, os esforços rumo à evolução na agenda ESG também não param. Neste ano, a Aegea concluiu a captação de U$S 500 milhões em títulos sustentáveis, os chamados sustainability- linked bonds (SLB).
Com esta iniciativa, ela se torna a primeira empresa no setor a emitir títulos de longo prazo com condições atreladas ao cumprimento de metas sociais e ambientais na América Latina – e a pioneira, no Brasil, a se comprometer com metas de diversidade racial em cargos de liderança. São três metas que devem ser alcançadas até 2030:
1. Reduzir o consumo de energia em 15% medido em kWh/metro cúbico
2. Aumentar de 32% para 45% a porcentagem de mulheres em posições de liderança
3. Fazer com que o número de negros líderes vá de 17% para 27%
“Como líderes do setor de saneamento privado, entendemos nossa responsabilidade e colocamos a sustentabilidade e os pilares ESG no centro de nossas decisões. Ao mesmo tempo que cuidamos das pessoas e do meio ambiente, evoluímos nos resultados financeiros – pilar de sustentação de nossos negócios e reforçamos nossa atuação como plataforma de prosperidade compartilhada”, afirma Radamés Casseb, diretor-presidente da Aegea Saneamento.
Atualmente a empresa possui um amplo Programa de Eficiência Energética e de Redução de Perdas de Água. No último ano, foram cerca de 39 bilhões de litros de água poupados, o suficiente para abastecer 970 mil pessoas pelo período de um ano.
Sobre as metas para aumentar a participação de negros em cargos de liderança, vale destacar que, em 2017, a companhia estruturou um programa de igualdade racial chamado Respeito Dá o Tom, que tem como objetivo promover a equidade nas oportunidades de acesso à empresa e de crescimento profissional dos colaboradores que se autodeclaram pretos e pardos.
“Como uma empresa prestadora de serviços, a Aegea quer refletir em seu quadro de funcionários a diversidade racial observada na população brasileira, reforçando a confiança da sociedade em suas entregas e atividades”, destaca Casseb.