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Ações da TAM caem após saída do presidente

Os papéis da companhia estavam entre as maiores baixas desta terça-feira, com desvalorização de 0,88%, cotados a 23,79 reais.

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A saída inesperada de David Barioni da presidência da TAM na última sexta-feira teve reflexo negativo sobre a cotação dos papéis da companhia aérea nesta terça-feira. Às 13h05, as ações preferenciais da TAM (TAMM4, sem direito a voto) figuravam entre as maiores baixas do dia (13/10), com uma desvalorização de 0,88%, cotados a 23,79 reais.

Depois de quase dois anos à frente do comando da maior companhia aérea do país, Barioni deixou a TAM por "decisão própria", segundo comunicado divulgado pela empresa.

Quem assume interinamente o cargo deixado por Barioni é o atual vice-presidente de Finanças, Gestão e TI e diretor de Relações com Investidores, Líbano Miranda Barroso, que participa da diretoria da companhia desde 2004.

Líbano Barroso ocupou durante dezessete anos cargos executivos em grandes instituições financeiras. Foi também diretor executivo na Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) por seis anos.

Na opinião da corretora Link Investimentos, a saída de Barioni não deve provocar grandes mudanças na estratégia da TAM no curto prazo, pois o substituto Barroso já gerenciava áreas relevantes da empresa.

Os analistas acreditam que a companhia continuará com o seu plano de aumentar a exposição ao mercado internacional ao longo dos anos e elevar o faturamento vindo dos segmentos de cargas, programa fidelidade e MRO (centro de manutenção São Carlos).

Para a corretora Link, as pespectivas para os resultados da companhia  no quarto trimestre de 2009 são positivas tanto para o mercado doméstico, quanto inernacional. Por isso, a Link continua recomendando a compra para os papéis do setor.    

Entenda a saída de Barioni

Segundo o blog Primeiro Lugar, do Portal EXAME, a corrida pela sucessão à presidência da TAM começou bem antes do anúncio da saída de David Barioni. Maria Cláudia Amaro, filha do fundador da companhia e uma de suas maiores acionistas, já havia sondado Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi e ex-vice-presidente da TAM no fim do ano passado.

Com a recusa de Falco e uma tentativa de melhora no relacionamento por parte de Barioni, a empresária deixou a decisão em compasso de espera. Novos conflitos, como divergências sobre patrocínio de eventos e críticas à falta de liderança de Barioni sobre a equipe, voltaram a deixar a situação tensa. Falco foi novamente sondado e mais uma vez recusou.

Na companhia dizem que Líbano Barroso, vice-presidente da área financeira que assumiu hoje interinamente o comando, permanece até o começo de 2010.

Internamente o nome mais forte é o de Paulo Castello Branco, vice-presidente comercial e de planejamento, responsável por algumas das mais importantes diretorias da TAM.

Um solução externa também é considerada. Falco deve voltar a ser assediado e André Esteves, presidente do banco BTG Pactual e membro do conselho administrativo da TAM, deverá ter influência sobre a nova nomeação.
 

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