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Accor lança hotel design popular no País

Uma nova bandeira Ibis - a Ibis Sytles - chega ao Brasil oficialmente nesta semana propondo que cada empreendimento tenha sua própria "cara"


	Fachada noturna do Ibis Style em Minas Gerais: são duas unidades em Belo Horizonte 
 (Divulgação)

Fachada noturna do Ibis Style em Minas Gerais: são duas unidades em Belo Horizonte  (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 09h57.

São Paulo - O hóspede que entra em um hotel da rede Ibis percebe que tudo é padronizado: o tamanho do quarto, os corredores, a recepção e até os quadros pendurados na parede.

Uma nova bandeira Ibis - a Ibis Sytles - chega ao Brasil oficialmente nesta semana para subverter essa tendência, propondo que cada empreendimento tenha sua própria "cara", com design arrojado e de preferência com um tema que possa ser facilmente identificado pelo cliente. Tudo por um preço popular, muitas vezes igual ao do Ibis.

A chegada do Ibis Styles ao País serve menos a uma proposta estética e mais a uma necessidade de negócio da Accor. Tanto é assim que, já na largada, a rede francesa - líder em hotelaria no País - está apostando fortemente na ideia.

Ao contrário do que ocorre com o Ibis tradicional, que obedece a padrões e quase sempre tem de ser construído do zero, o Styles facilita muito a conversão de empreendimentos independentes, aumentando bastante a velocidade de inaugurações.

O lançamento da bandeira Ibis Styles será feito nesta semana, mas a Accor já tem três empreendimentos prontos.

São duas unidades em Belo Horizonte e uma em Joinville (SC) - no município catarinense, por exemplo, o novo Ibis Styles era originalmente um Mercure, marca da Accor voltada a um público de renda mais alta.

O investimento total nas três unidades é de R$ 54,8 milhões, de acordo com a empresa. A rede diz ter mais contratos assinados para abrir mais 15 Ibis Styles nos próximos anos.

De acordo com fontes de mercado, as conversões são uma forma inteligente de ampliar rapidamente o domínio de uma marca hoteleira. A adaptação de um hotel pode ficar pronta entre três e seis meses, dependendo do tamanho da reforma necessária.

Segundo Franck Pruvost, diretor-geral da família de hotéis Ibis para a América do Sul, a espera por um empreendimento desenvolvido do zero, em conjunto com uma incorporadora, é de pelo menos três anos.

Variações

O empreendimento que simbolizará o conceito do Ibis Styles no País será inaugurado esta semana, no centro de Belo Horizonte.

Originalmente desenvolvido como um hotel independente, o edifício foi adaptado ao estilo da nova bandeira. O tema do hotel será a obra do poeta Carlos Drummond de Andrade. Diferentes versos do autor estarão estampados na parede dos quartos.

Em Joinville, o conceito escolhido foi a bicicleta, já que a cidade abriga um museu sobre o assunto. Um hotel a ser inaugurado no segundo semestre, em Cambuí, em Minas Gerais, será inspirado no automóvel Fusca.

Neste caso, não há razão mercadológica para a escolha, afirma Pruvost. O dono do hotel que está sendo convertido em Ibis Styles simplesmente é um apaixonado pelo modelo da Volkswagen.

Nos hotéis que já estão em funcionamento, o executivo diz que foi possível perceber algumas diferenças em relação ao cliente que procura o Ibis tradicional - há um peso maior de turistas de lazer, por exemplo. Isso vai motivar algumas mudanças de atendimento.

A empresa vai criar, nos Ibis Styles, uma "parede social". Ali, os hóspedes que não se conhecem serão inspirados a interagir. "Haverá ali dicas sobre o que fazer na cidade. E os clientes poderão ter informações ali sobre como dividir o táxi para o aeroporto", explica Pruvost.

Cuidados

Embora o Ibis Styles ajude a Accor a corrigir sua dificuldade de converter empreendimentos independentes, ao relaxar as regras de design e decoração, a nova proposta pode causar estranhamento no hóspede de perfil mais tradicional.

De acordo com Diogo Canteras, sócio-diretor da Hotel Invest, empresa que realiza pesquisas que auxiliam o desenvolvimento do setor hoteleiro, os padrões de atendimento e de decoração servem a uma velha máxima do setor de turismo: "Às vezes, a melhor surpresa é que não haja surpresa nenhuma." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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