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A estratégia financeira que mudou o jogo: como a Nintendo fugiu da falência com apenas uma tática?

Descobrir sua especialidade e direcionar recursos financeiros para isso foi o que salvou a Nintendo do colapso e consagrou a empresa japonesa como uma referência mundial

NOVA YORK: homem joga Pokémon Go em frente a loja da Nintendo; o plano agora é levar o jogo ao Japão  / Drew Angerer/Getty Images

NOVA YORK: homem joga Pokémon Go em frente a loja da Nintendo; o plano agora é levar o jogo ao Japão / Drew Angerer/Getty Images

Guilherme Santiago
Guilherme Santiago

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Publicado em 11 de julho de 2024 às 15h36.

Última atualização em 11 de julho de 2024 às 15h45.

Videogames. É assim que a maioria das pessoas resume a Nintendo. Mas a empresa que se tornou um gigante dos jogos eletrônicos nasceu numa época em que essa tecnologia nem mesmo existia. Foi em 1889, vendendo baralhos de hanafuda, tradicionais do Japão, que a companhia apareceu no mercado.

Por longos anos, esse foi o carro-chefe da empresa japonesa. Mas, a partir da década de 1960, a Nintendo apostou em expandir seu portfólio – e isso mudou tudo. Além dos jogos de cartas, a empresa passou a ter uma marca própria de arroz instantâneo, uma companhia de táxi e até mesmo uma rede de motéis. Os negócios nunca estiveram tão diversificados, mas não sem uma contrapartida.

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Essa estratégia exigiu que a empresa direcionasse grandes investimentos para produtos que não trouxeram o retorno esperado. Em companhias de todos os tipos isso pode trazer prejuízos quase irreversíveis. E esse até poderia ter sido o destino da Nintendo. Mas uma nova tática financeira mudou o jogo.

Cuidado com as finanças garantiu era de ouro

Apesar da diversificação do portfólio ser uma prática comum em negócios que buscam mitigar riscos, essa não foi uma boa estratégia para a Nintendo. Enquanto os jogos de cartas perdiam a popularidade, as outras alternativas de serviços e produtos também não apresentavam resultados promissores.

Com o fracasso dessas iniciativas, a sustentabilidade da corporação começou a ser ameaçada. Foi preciso mudar o modelo de negócios e rever as finanças corporativas. E tudo começou com uma análise cuidadosa do portfólio.

A empresa identificou que o setor de entretenimento digital, em especial os jogos eletrônicos, tinha um potencial muito maior e decidiu concentrar seus recursos e esforços nessa área. Em 1974, o Magnavox Odyssey, um dos primeiros consoles de uso pessoal, foi lançado pela empresa no Japão.

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Em seguida, foi a vez de fazer uma gestão estratégica de ativos e investir em áreas que apresentassem maior potencial de retorno. Não à toa, após isso, o lançamento de eletrônicos deslanchou. Em 1977, por exemplo, a Nintendo lançou o Color TV-Game, uma ideia primitiva dos videogames domésticos.

A estratégia de alocar capital no desenvolvimento de produtos no setor de jogos e abandonar os investimentos em setores não rentáveis seguiu nos anos seguintes. Isso permitiu à companhia melhorar a rentabilidade e a eficiência operacional, reduzindo desperdícios e maximizando os retornos.

Após olhar para dentro e rever suas finanças, a Nintendo estava preparada para a era de ouro dos videogames nos anos de 1980. Foi nesse período que nasceu o primeiro grande sucesso comercial da empresa: o Family Computer, que trazia clássicos como Super Mario Bros., The Legend of Zelda e Metroid.

E o que isso tem a ver com finanças corporativas?

Dominar as finanças permitiu à Nintendo reverter desafios financeiros através de uma estratégia focada e bem planejada. Em poucos anos, a empresa conseguiu sair de uma crise e retomar a posição de empresa bem-sucedida.

Para especialistas, o resultado positivo da marca pode ser atribuído à boa análise financeira combinada com gestão estratégica de portfólio e inovação.

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