8 companhias aéreas que derraparam no terceiro trimestre
De diferentes partes do mundo, empresas, como TAM, Gol e American Airlines, registraram prejuízo no período
Daniela Barbosa
Publicado em 30 de novembro de 2011 às 05h36.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h29.
São Paulo - Ontem, o mundo presenciou o pedido de concordata de uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos : a American Airlines. A notícia só não foi recebida com mais surpresa pelo mercado, porque, um mês antes, o prejuízo anunciado de 162 milhões de dólares pela companhia, no terceiro trimestre, já sinalizava que a proteção financeira seria necessária para salvar a empresa. A American Airlines justificou as perdas no trimestre na alta de 40% no preço dos combustíveis. Ela, no entanto, não foi a única a apresentar um resultado financeiro ruim no período. Outras companhias, de diferentes partes do mundo, também registraram perdas no período, entre elas, as brasileiras TAM e Gol. Veja, a seguir, 8 companhias aéreas que derraparam no terceiro trimestre:
A TAM anunciou prejuízo de 619,7 milhões de reais no terceiro trimestre deste ano, revertendo resultado positivo acumulado no mesmo período do ano anterior. O resultado negativo foi pressionado por perdas cambiais e aumento de custos. Segundo a TAM, os custos com combustível, desconsiderando créditos tributários, dispararam 34% no terceiro trimestre, diante de um aumento de 21% no preço médio por litro. Diante desse cenário, as despesas operacionais cresceram 22,5% no trimestre, chegando a 2,76 bilhões de reais.
A Gol é outra brasileira que também não foi tão bem no terceiro trimestre do ano. No período, a companhia acumulou prejuízo de 516,5 milhões de reais, revertendo lucro de 110 milhões de reais somado um ano antes. De acordo com o balanço da companhia, a desvalorização da moeda brasileira gerou uma despesa líquida com variação cambial de aproximadamente 476,4 milhões de reais.
No terceiro trimestre do ano, a Air France – KLM não somou prejuízo, mas registrou queda significativa no lucro. No período, os ganhos da companhia somaram 14 milhões de euros, um ano antes o lucro foi de 290 milhões de euros, baixa de mais de 95%. Segundo a companhia, o tráfego de passageiros foi insuficiente para compensar a alta do preço do combustível.
No terceiro trimestre do ano, a US Airways registrou lucro líquido de 95 milhões de dólares. O montante é 60% menor na comparação com o mesmo período de 2010. A queda também está relacionada alta nos preços do combustível no período.
Apesar de ter apresentando uma das menores quedas no lucro no terceiro trimestre, a alemã Lufthansa reduziu as projeções de crescimento para o ano diante de um cenário mais desafiador. No período, o lucro líquido da companhia totalizou 578 milhões de euros, queda de 5,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No terceiro trimestre, a AMR Corporation, holding da American Airlines, registrou perda de 162 milhões de dólares. Um ano antes, a companhia aérea havia acumulado lucro líquido de 143 milhões de dólares. No acumulado do ano, o prejuízo líquido da AMR foi de 884 milhões de dólares, 126% maior que o prejuízo acumulado no mesmo período de 2010. Segundo a companhia, o resultado foi afetado pelo impacto avesso da volatilidade do preço do barril de petróleo e da cotação do dólar em relação a moedas estrangeiras no período.
O aumento no preço do combustível também pesou no balanço do terceiro trimestre da United Continental. No período, a companhia americana acumulou lucro líquido de 653 milhões de dólares, o montante é 23% menor na comparação com o mesmo trimestre de 2010. O reajuste no preço do gerou despesas de cerca de 1 bilhão de dólares pera a companhia, no terceiro trimestre do ano.
Nos nove primeiros meses do ano, a companhia aérea grega Aegean registrou queda de quase 30% no seu lucro líquido, somando 17,1 milhões de euros.
Mais uma vez , o vilão da história foi a alta de preços dos combustíveis.
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