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7 CEOs que ficaram menos de 1 ano no cargo

“Razões pessoais”, resultados indesejados ou falta de tato. Conheça alguns casos de presidentes-executivos que tiveram rápidas passagens pelo comando das empresas

Jack Griffin, da Time Inc., não resistiu mais do que 5 meses (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 09h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.

São Paulo – O ex-presidente-executivo da Time Inc., Jack Griffin (esq.), foi o mais rápido no gatilho das demissões. Depois de ser contratado em setembro de 2010, Griffin permaneceu por cinco meses no cargo até ser demitido por, digamos, não se adequar à cultura corporativa e por ter um estilo de liderança diferente do esperado pela empresa. Essas palavras sutis, na verdade, escondem um comportamento que, no mínimo, causou constrangimentos aos funcionários e à direção da companhia. Vindo da editora concorrente Meredith Corp., Griffin falava mal da antiga empregadora, ao comentar que estava feliz por trabalhar em uma empresa que fazia revistas que ele realmente podia ler – já que a Meredith é forte no mercado de publicações femininas. Sua fé católica o levou a cometer exageros, como quando comparou a Time Inc. ao Vaticano, pelo prestígio e força de ambos, e nas várias vezes em que mencionou sua religião em reuniões da empresa. Além da falta de tato, o executivo pecou ao fazer trocas e cortes de funcionários e ainda contratar consultorias para ajudar a reestruturação da companhia, o que foi visto como um insulto.
  • 2. Após 20 anos na SAP, Leo Apotheker saiu da liderança em 7 meses

    2 /7(Getty Images)

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    O veterano da empresa de tecnologia SAP Leo Apotheker demorou 20 anos para chegar ao topo da hierarquia, em 2009, mas não durou mais do que sete meses no comando. Apesar de sua grande experiência, o mercado estava em baixa e o executivo não conseguiu aumentar as vendas de software da empresa, ao mesmo tempo em que os clientes reclamavam sobre aumentos de preços dos serviços. Quando, em fevereiro do ano passado, a SAP anunciou que não iria renovar o contrato com o presidente-executivo, ele jogou a toalha. No setembro seguinte, Leo Apotheker foi anunciado como o mais novo presidente-executivo da HP, substituindo Mark Hurd, protagonista de um escândalo sexual e financeiro que veio à tona em agosto de 2010.
  • 3. Edward Whitacre, da GM ficou 8 meses e nem um dia a mais

    3 /7(Getty Images)

  • Depois de cumprir sua missão na General Motors, o ex-presidente-executivo Edward Whitacre não que fiz ficar nem um dia a mais na liderança. O mandato durou oito meses e teve fim em setembro do ano passado. Whitacre considerou seu trabalho terminado quando a GM finalmente saiu da crise financeira de 2009, que a levou a pedir concordata. Antes de ir para a cadeira principal da montadora, em dezembro daquele ano, ele chefiou o conselho de administração desde julho. Durante sua gestão, em 2010, a empresa voltou aos eixos e apresentou o melhor segundo trimestre desde 2006, com lucro líquido de 1,3 bilhão de dólares, diante de 865 milhões registrados no primeiro trimestre do ano passado. O mais curioso, no entanto, foi que Whitacre afirmou que sairia da posição em agosto do ano passado, pouco antes da oferta inicial de ações (IPO) da companhia, realizada em novembro de 2010. Aparentemente, ele não queria se comprometer a ficar ainda mais tempo para garantir o sucesso da empresa após o começo da nova etapa.
  • 4. CEO do Oprah Winfrey Network sai com 8 meses de trabalho

    4 /7(Getty Images)

    O canal de TV a cabo Oprah Winfrey Network nem chegou aos seis meses de vida e já fez sua primeira grande vítima, no início deste mês. Christina Norman, a ex-presidente-executiva, chegou ao cargo em outubro do ano passado, mas apenas em janeiro de 2011 viu seu trabalho se materializar nas telas. Apesar de ainda ser um bebê, o canal não correspondeu às expectativas da Discovery Communications, também dona do canal junto com a apresentadora americana Oprah. A meta de Christina era superar os níveis de audiência do canal Discovery Health, extinto para dar lugar à nova rede de TV. Não conseguiu. Pouco menos de uma semana antes do anúncio de sua saída, a executiva deu uma entrevista à revista Fast Company na qual contou como foi parar no cargo e como a tarefa de fazer o canal deslanchar é árdua e sem garantias de sucesso. A declaração não agradou os chefes e só não pode ser considerada como a gota d’água para sua saída porque, quando os dirigentes ficaram sabendo da entrevista, já estava decidida a sua saída. Coincidência?
  • 5. Denise Johnson, da GM Brasil, pediu demissão depois de 8 meses

    5 /7(Divulgação/GM)

    A primeira mulher à frente de uma montadora no Brasil não durou muito. Com um difícil desafio de ganhar mercado no país, inovar e renovar a cultura da empresa, Denise Johnson sucumbiu após oito meses na presidência da operação brasileira da GM. Em fevereiro deste ano, ela pediu demissão alegando “motivos de ordem pessoal”. De fato, não deve ter sido fácil deixar marido e filhas nos Estados Unidos. Mas a notícia que circulou nos bastidores foi que ela não estava satisfeita com a qualidade dos produtos, nem com o comprometimento de sua equipe. Além disso, durante o tempo em que ficou no cargo, a GM perdeu o posto de segundo lugar em participação de mercado no Brasil, caindo para a terceira posição. A demissão foi a saída mais viável naquele momento e a GM não perdeu tempo. Logo colocou a segunda mulher à frente da montadora. Grace Lieblein, chefe da operação mexicana, começa o trabalho no Brasil em 1º de junho.
  • 6. Thomas Stallkamp, ex da Chrysler, fez sucesso, mas só ficou 12 meses

    6 /7(Divulgação)

    A carreira do ex-presidente da Chrysler Thomas Stallkamp tinha um futuro brilhante. Stallkamp foi um dos responsáveis pelo forte desempenho da empresa na década de 90. Ele trabalhou por quase 20 anos na empresa e chegou à presidência em 1999. Ele foi o criador do conceito de Extended Enterprise System (Sistema de Empresa Estendida, em tradução livre), que estabelece parcerias importantes com os fornecedores para garantir a qualidade das peças e, portanto, dos carros. Ele também criou o programa SCORE (Supplier Cost Reduction Effort ou Esforço de Redução de Custos dos Fornecedores), que estruturava uma pontuação para que os fornecedores procurassem formas de diminuir os gastos ou melhorar o desempenho com o mesmo custo. Mesmo com esses méritos, a saída de Stallkamp, em 2000, foi inevitável. Apesar da carta de renúncia emitida na época não afirmar que houve conflitos durante sua gestão, o biógrafo Jürgen Grässlin escreveu que Stallkamp cometeu o deslize de fazer muitas críticas de forma precipitada. Sua "personalidade aberta" e sua "força de caráter" o traíram.
  • 7. Owen Van Natta, ex-CEO do MySpace, ficou por nove meses

    7 /7(Getty Images)

    Enquanto o Facebook ganha cada vez mais usuários, a rede social MySpace tenta resgatar os seus, ou, pelo menos, impedir a debandada geral de usuários. O executivo Owen Van Natta foi contratado no final de abril de 2009 com a missão de reestruturar o site. Sua saída, oficialmente anunciada como uma demissão de comum acordo (já que Van Natta estaria com outros “planos pessoais e profissionais”), foi consequência de problemas que o executivo enfrentou com outros executivos da equipe. Durante os nove meses em que esteve à frente da companhia, o executivo entrou em conflito com Chief Digital Officer da News Corp. (dona do MySpace), Jon Miller, o chefe operacional, Mike Jones, e o de produção Jason Hirschhorn. Ele foi acusado de se intrometer em assuntos que diziam respeito à área digital da empresa, comandada por Miller, e de não ser capaz de selecionar seus próprios executivos. Ele também estaria reclamando da dificuldade maior do que esperava em tirar o MySpace do sufoco e, por isso, estaria planejando sair da empresa em breve.
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