5 escorregões do Walmart (incluindo o desta quinta)
Varejista americana está sendo acusada agora de vender óleo que pode provocar câncer na China
Daniela Barbosa
Publicado em 15 de junho de 2012 às 08h02.
São Paulo – Vira-e-mexe, o Walmart é destaque nos noticiários de todo o mundo e nem sempre a razão é o fato de a rede ser uma das maiores varejistas do planeta. Nesta quinta-feira, por exemplo, o jornal americano The Wall Street Journal informou que a companhia, mais uma vez, está sendo acusada na China de desrespeitar as normas de segurança alimentar.
Segundo o WSJ, o desvio de conduta do Walmart no mercado chinês é recorrente. Naquele país, a rede americana já foi punida mais de 20 vezes por não cumprir os princípios de seguranças ditados pelos órgãos reguladores, ou por promover propagandas enganosas no país.
No último ano, a companhia americana também esteve envolvida em outros escândalos em diversas partes do mundo. Veja, a seguir, cinco deles:
Óleo com substância cancerígena
Nesta quinta-feira, o WSJ afirmou que o Walmart enfrenta novas acusações no mercado chinês. Dessa vez, a rede é culpada de comercializar óleo de gergelim com uma porcentagem elevada de cádmio – substância que pode provocar câncer.
Segundo o jornal americano, o órgão de segurança alimentar chinês, responsável por fazer a supervisão nas redes varejistas, descobriu o problema em março deste ano e notificou a rede.
A varejista, por sua vez, defende-se das acusações afirmando ser uma das poucas empresas estrangeiras no país asiático a cumprir as normas de segurança alimentar.
Indenizações milionárias a ex-funcionários
No mês passado, o Walmart chegou a um acordo para pagar 4,8 milhões de dólares em horas extras retroativas e danos a ex-funcionários, além de 463.000 dólares em multas. Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, mais de 4.500 antigos funcionários trabalharam horas a mais sem receber.
Essa, no entanto, não foi a primeira vez que a varejista precisou desembolsar milhões para recompensar ex-funcionários. Em 2008, a rede foi condenada a pagar 600 milhões de dólares em indenizações por não permitir que funcionários tivessem tempo suficiente para alimentação e pausas para descanso durante o expediente nos Estados Unidos .
Suborno no México
Em abril deste ano, o Walmart foi acusado, pelo New York Times, de pagar 24 milhões dólares para acelerar aprovação de construção de suas lojas no México. A empresa poderá ter de pagar centenas de milhões de dólares em despesas legais, além de eventuais sanções, em decorrência das acusações de suborno generalizado.
A subsidiária da rede no país mexicano teria pagado o montante milionário, desde 2005, em subornos para acelerar a aprovação de licenças para construção de lojas.
Depois das acusações, a varejista já criou um cargo de vigilância contra subornos e disse que irá cooperar para encontrar e punir culpados dentro da empresa. Mas nada ainda foi suficiente para fazer com que as ações da empresa parem de cair, nem para barrar novas suspeitas de subornos em outras regiões.
Rótulos fraudulentos em carne
No final do ano passado, o Walmart foi punido na China e teve 12 lojas fechadas na cidade de Chogging, porque rotulou carne de porco comum como sendo orgânica. As lojas ficaram fechadas por 15 dias para investigação.
A varejista reconheceu a falha e pediu desculpas, na época. Por meio de comunicado, disse que os consumidores seriam compensados pelos danos. Além do fechamento das lojas, a rede vai pagar multa de 575.000 dólares pela fraude.
O Walmart é a segunda maior varejista no mercado chinês, com cerca de 330 lojas no país. Em 2010, a rede somou vendas de 7,5 bilhões de dólares e , segundo o mercado, só não quebrou em 2009, por conta da receita vinda do país asiático.
Aquisição reprovada no mercado africano
Em meados de 2011, o Walmart comprou a rede africana Massmart, mas a operação não foi bem recebida por lá. Na ocasião, o Congresso dos Sindicatos Sul-Africano (Cosatu), que se opunha à operação, propôs uma paralisação nacional dos trabalhadores da rede varejista sul-africana.
O sindicado tentou impedir que o negócio fosse adiante, pois temia que a rede americana monopolizasse o varejo e prejudique os trabalhadores, fornecedores e as demais redes varejistas que atuam na África do Sul.
"Queríamos que o Walmart fosse completamente banido da África do Sul, devido à sua "fama" internacional", disse o sindicato.
São Paulo – Vira-e-mexe, o Walmart é destaque nos noticiários de todo o mundo e nem sempre a razão é o fato de a rede ser uma das maiores varejistas do planeta. Nesta quinta-feira, por exemplo, o jornal americano The Wall Street Journal informou que a companhia, mais uma vez, está sendo acusada na China de desrespeitar as normas de segurança alimentar.
Segundo o WSJ, o desvio de conduta do Walmart no mercado chinês é recorrente. Naquele país, a rede americana já foi punida mais de 20 vezes por não cumprir os princípios de seguranças ditados pelos órgãos reguladores, ou por promover propagandas enganosas no país.
No último ano, a companhia americana também esteve envolvida em outros escândalos em diversas partes do mundo. Veja, a seguir, cinco deles:
Óleo com substância cancerígena
Nesta quinta-feira, o WSJ afirmou que o Walmart enfrenta novas acusações no mercado chinês. Dessa vez, a rede é culpada de comercializar óleo de gergelim com uma porcentagem elevada de cádmio – substância que pode provocar câncer.
Segundo o jornal americano, o órgão de segurança alimentar chinês, responsável por fazer a supervisão nas redes varejistas, descobriu o problema em março deste ano e notificou a rede.
A varejista, por sua vez, defende-se das acusações afirmando ser uma das poucas empresas estrangeiras no país asiático a cumprir as normas de segurança alimentar.
Indenizações milionárias a ex-funcionários
No mês passado, o Walmart chegou a um acordo para pagar 4,8 milhões de dólares em horas extras retroativas e danos a ex-funcionários, além de 463.000 dólares em multas. Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, mais de 4.500 antigos funcionários trabalharam horas a mais sem receber.
Essa, no entanto, não foi a primeira vez que a varejista precisou desembolsar milhões para recompensar ex-funcionários. Em 2008, a rede foi condenada a pagar 600 milhões de dólares em indenizações por não permitir que funcionários tivessem tempo suficiente para alimentação e pausas para descanso durante o expediente nos Estados Unidos .
Suborno no México
Em abril deste ano, o Walmart foi acusado, pelo New York Times, de pagar 24 milhões dólares para acelerar aprovação de construção de suas lojas no México. A empresa poderá ter de pagar centenas de milhões de dólares em despesas legais, além de eventuais sanções, em decorrência das acusações de suborno generalizado.
A subsidiária da rede no país mexicano teria pagado o montante milionário, desde 2005, em subornos para acelerar a aprovação de licenças para construção de lojas.
Depois das acusações, a varejista já criou um cargo de vigilância contra subornos e disse que irá cooperar para encontrar e punir culpados dentro da empresa. Mas nada ainda foi suficiente para fazer com que as ações da empresa parem de cair, nem para barrar novas suspeitas de subornos em outras regiões.
Rótulos fraudulentos em carne
No final do ano passado, o Walmart foi punido na China e teve 12 lojas fechadas na cidade de Chogging, porque rotulou carne de porco comum como sendo orgânica. As lojas ficaram fechadas por 15 dias para investigação.
A varejista reconheceu a falha e pediu desculpas, na época. Por meio de comunicado, disse que os consumidores seriam compensados pelos danos. Além do fechamento das lojas, a rede vai pagar multa de 575.000 dólares pela fraude.
O Walmart é a segunda maior varejista no mercado chinês, com cerca de 330 lojas no país. Em 2010, a rede somou vendas de 7,5 bilhões de dólares e , segundo o mercado, só não quebrou em 2009, por conta da receita vinda do país asiático.
Aquisição reprovada no mercado africano
Em meados de 2011, o Walmart comprou a rede africana Massmart, mas a operação não foi bem recebida por lá. Na ocasião, o Congresso dos Sindicatos Sul-Africano (Cosatu), que se opunha à operação, propôs uma paralisação nacional dos trabalhadores da rede varejista sul-africana.
O sindicado tentou impedir que o negócio fosse adiante, pois temia que a rede americana monopolizasse o varejo e prejudique os trabalhadores, fornecedores e as demais redes varejistas que atuam na África do Sul.
"Queríamos que o Walmart fosse completamente banido da África do Sul, devido à sua "fama" internacional", disse o sindicato.