4 empresas na corda bamba que ainda são cobiçadas no mercado
Nesta semana, a Foxconn reiterou seu desejo de comprar participação na Sharp, mesmo depois de a companhia japonesa estimar prejuízo de mais de US$ 3 bilhões para o ano
Daniela Barbosa
Publicado em 7 de agosto de 2012 às 12h23.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.
São Paulo – Comprar uma empresa à beira da falência pode ser um bom negócio. Prova disso, é o interesse recente de algumas companhias em adquirir participação em empresas combalidas no mercado. Nesta semana, por exemplo, a Foxconn manifestou interesse de abocanhar participação na japonesa Sharp - mesmo com prejuízo estimado em US$ 3 bilhões para o ano Recentemente, rumores de mercado afirmaram também que o Barclays estaria interessado em comprar o controle da falida Doux, na França. As razões para justificar esse tipo de operação são inúmeras. Entre elas, o preço atrativo que companhias com problemas financeiros podem ter no mercado. Clique nas fotos e veja quatro exemplos de companhias “quase falidas” que são cobiçadas:
No último domingo, Terry Gou, fundador da Foxconn , afirmou que mantém o interesse de comprar parte da combalida Sharp, mesmo depois de a companhia japonesa anunciar que pode ter prejuízo de mais de US$ 3 bilhões neste ano. Segundo ele, a operação, no longo prazo, pode valer a pena. “Não estou olhando para os próximos três meses, estou olhando para os próximos 10 ou 20 anos”, afirmou o executivo à agência de notícias internacional Bloomberg. A proposta inicial era que o negócio fosse fechado por 67 bilhões de ienes (cerca de 850 milhões de dólares) por 10% das ações da Sharp. A fabricante do iPhone e outros produtos da Apple pretende fechar o negócio até março do próximo ano.
A Doux, produtora francesa de aves e carne de frango processada, é outra companhia que, apesar de não viver sua melhor fase, continua sendo atraente no mercado. No mês passado, informações divulgadas pela imprensa internacional afirmaram que o banco Barclays estaria interessado em comprar o controle da Doux. O negócio teria por objetivo manter a Doux operando no mercado. Caso a operação seja concluída, o Barclays vai ficar com 80% de participação na empresa e a Doux com o restante das ações. Em junho, a Doux entrou em processo de recuperação judicial, depois de não ter conseguido chegar a um acordo com seus credores.
A American Airlines entrou com pedido de concordada nos Estados Unidos, no fim do ano passado, para conseguir honrar suas dívidas no longo prazo. Durante o processo de reestruturação, a terceira maior companhia aérea americana se comprometeu a continuar operando normalmente e interessados não faltam pela companhia. Nesta semana, o International Consolidated Airlines Group (IAG), empresa criada a partir da fusão da Iberia e da British Airways, considerou comprar participação na companhia aérea. Segundo o IAG, a operação visa garantir que a empresa americana permaneça na aliança One World. Outra companhia interessada na American Airlines seria a US Airways, que avalia uma possível fusão com a companhia aérea.
Mesmo com todos os problemas de gestão e a fraude contábil na qual esteve envolvida, a Olympus é outra companhia desejada no mercado. No ano passado, a Sony, a Fujifilm, a Panasonic e a Samsung mostraram interesse em comprar participação na companhia japonesa. A justificativa das quatro empresas para fechar a operação era uma só: ganhar dinheiro com o braço de equipamentos de imagem para diagnósticos médicos. Esse segmento é hoje o mais rentável da companhia - conhecida mundialmente no mercado pelas suas máquinas fotográficas. Até o momento, no entanto, ninguém conseguiu fechar nenhum acordo com a Olympus e a companhia japonesa continua lutando para permanecer de pé no mercado.
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