São Paulo - O ano de 2013 foi sinônimo de corte de custos para muitas companhias brasileiras e estrangeiras. A redução de gastos impactou também no quadro de funcionários das empresas e anúncios de grandes demissões foram inevitáveis no decorrer do ano. Veja, a seguir, 25 demissões em massa anunciadas em 2013. O levantamento é composto por companhias que demitiram ou demitirão 2.000 ou mais funcionários:
A General Motors anunciou que vai parar a fabricação de carros na Austrália a partir de 2017, o que provocará o corte de 2.900 postos de trabalho na região. Ao deixar de produzir na Austrália, a GM repete o movimento feito anteriormente pela Ford Motors e pela Mitsubishi Motors. A primeira fechará as duas fábricas na Austrália em outubro de 2016 e a segunda deixou de produzir no país em 2008.
A EADS, companhia aeroespacial da Europa e controladora da Airbus, planeja cortar 5.800 postos de trabalho nos setores aéreos e de defesa, incluindo postos administrativos até 2016. A decisão foi tomada devido à necessidade de a empresa se ajustar à crise no setor. "Precisamos melhorar a nossa competitividade e precisamos fazê-lo agora", disse Tom Enders, diretor executivo da empresa.
O grupo alemão de telecomunicações Deutsche Telekom pode demitir entre 4.000 e 6.000 pessoas de sua filial de serviços de informática T-Systems. As demissões devem ocorrer nos próximos três anos.
A fabricante de equipamentos de telecomunicações Alcatel-Lucent planeja reduzir sua equipe em 10.000 pessoas como parte de um plano de corte de custos para economizar 1 bilhão de euros até 2015. Atualmente, o grupo emprega 72.000 funcionários em todo o mundo.
A empresa holandesa de entregas TNT Express anunciou que vai eliminar 4.000 empregos, com foco na Europa, após a tentativa de aquisição pela United Parcel Service, por 7 bilhões de dólares, ter fracassado.
O grupo de mídia e informações financeiras anglo-candadense Thomson Reuters anunciou a redução de 2.500 postos de trabalho em sua principal divisão, de finanças e investimentos de risco. As demissões estão programadas para acontecer até o fim do ano. Segundo a companhia, a agência pretende cortar gastos e espera economizar 100 milhões de dólares no primeiro trimestre com as demissões
A Alitalia planeja cortar até 2.600 empregos seguindo um plano de reestruturação para manter a companhia no ar. As demissões incluirão pilotos, equipes de cabine e de solo, somando 1.300 pessoas em contratos a termo, e outros 220 pilotos, 400 membros de cabine e 600 a 700 funcionários na equipe de aeroportos.
O Sberbank, maior banco russo, vai encerrar 30.000 postos de trabalho nos próximos cinco anos, 10% de seus funcionários no mundo, com o objetivo de dobrar o lucro líquido em 2018. Com a iniciativa, o banco deve reduzir custos por 100 bilhões de rublos - 2,3 bilhões de euros.
Em maio, a ThyssenKrupp anunciou prejuízo de 89 milhões de euros no primeiro trimestre do ano e a intenção de cortar 3.000 postos de trabalho em áreas administrativas. O número de funcionários nas funções administrativas deve ser reduzido em 3.000 de um total de 15.000, afirmou a siderúrgica alemã, em nota.
O International Airlines Group (IAG) afirmou que vai seguir com o plano de cortar 3.800 empregos como parte da reestruturação da unidade espanhola Iberia após o grupo anunciar um prejuízo operacional em 2012.
O IAG, quarto maior grupo aéreo da Europa em valor de mercado e que controla a British Airways, anunciou em fevereiro uma perda operacional de 613 milhões de euros em 2012, incluindo os custos de reestruturação na Iberia, comparados com o lucro de 444 milhões de euros anunciado um ano antes.
A montadora francesa Renault anunciou neste ano que pretende cortar 7.500 funcionários até o fim de 2016 para melhorar seu resultado e possibilitar contratações que precisará fazer no período. Do total, 5.7000 empregos deverão ser eliminados naturalmente, à medida que os funcionários da Renault se aposentarem, saírem espontaneamente ou por meio de planos de aposentadoria antecipada para os que ocupam funções fisicamente mais exigentes.
Durante 2013, a Eletrobras anunciou o corte entre 4.000 e 5.000 funcionários, dos 27.000 empregados. A companhia realizou um plano de desligamento voluntário.
O banco espanhol Bankia anunciou que cortará 4.500 postos de trabalho em sua reestruturação, um número menor que o anunciado inicialmente, segundo o acordo entre sindicatos e a direção da empresa. De acordo com o sindicato, o banco vai priorizar demissões voluntárias, além de aumentar o valor das indenizações em razão de demissão em cerca de 30 dias por ano trabalhado.
O Santander eliminou pelo menos 3.000 empregos após a planejada fusão com a subsidiária Banesto. A instituição anunciou no ano passado planos de absorver totalmente a marca Banesto, que tem 110 anos, fechando 700 agências para cortar custos de longo prazo.
A BlackBerry, além de ter confirmado um prejuízo de quase 1 bilhão de dólares no segundo trimestre do ano fiscal de 2014, a empresa informou que 4.500 funcionários serão demitidos. Com o corte, a canadense espera reduzir aproximadamente 50% de suas despesas operacionais para o final do primeiro trimestre do ano fiscal de 2015.
O banco alemão planeja demitir entre 4.000 e 6.000 pessoas até 2016. O número exato, no entanto, será decidido durante negociações com os trabalhadores, que começarão neste ano.
O grupo tecnológico alemão Siemens anunciou neste ano a redução de 15.000 postos de trabalho. As demissões ocorrerão até 2014 e fazem parte de um programa de economia da empresa, que pretende economizar mais de 8,1 bilhões de dólares.
O HSBC vai cortar até 14.000 postos de trabalho no mundo, em uma estratégia para impulsionar o lucro e aumentar os dividendos diante de fraco desempenho de receitas. Segundo o banco europeu, as demissões vão ocorrer até 2016 e os números de funcionários podem cair para 240.000 e 250.000. Atualmente, o HSBC possui 254.000 funcionários.
A Anglo American Platinum (Amplats), maior produtora de platina no mundo, anunciou a demissão de 6.000 funcionários na África do Sul. Segundo a companhia, a decisão afetará a bacia de Rustenburg, cidade mineradora perto de Johannesburgo, que foi cenário de uma violenta onda de greves no ano passado. Inicialmente, a Amplats tinha a intenção de cortar 14.000 empregos, mas revisou os números para baixo.
A Air France, companhia aérea francesa, divulgou em setembro que planeja demitir mais de 2.800 funcionários até o final de 2014. O objetivo da empresa é recuperar a lucratividade da empresa, que não escapou da crise que afeta as companhias aéreas que atuam na Europa.
American Express deve reduziu em 8,5% o número de seus funcionários, o que representa cerca de 5.400 demissões, neste ano. Segundo a administradora de cartões, as demissões podem gerar custo de 400 milhões de dólares para a empresa. Os cortes ocorreram na divisão de viagens da American Express.
A Toshiba anunciou em 2013 demissão de 3.000 funcionários da sua unidade de televisores. Além disso, a empresa encerará a produção em duas, de três fábricas no exterior antes do final deste ano fiscal.
Até o momento a empresa não informou quais fábricas serão fechadas. Em nota, a Toshiba afirmou que espera aumentar a rentabilidade da companhia na segunda metade deste ano fiscal.
A Boeing confirmou a demissão de 3.000 funcionários, após decidir interromper a fabricação da aeronave militar de transporte C-17 em 2015. De acordo com a empresa, o plano afetará também mais de 650 fornecedores em 44 estados dos Estados Unidos, que empregam cerca de 20.000 pessoas.
A Panasonic tem planos para reduzir drasticamente a produção de chips, cortando pela metade sua força de trabalho de 14.000 funcionários e, possivelmente, vendendo algumas fábricas. O negócio de fabricação de chips da Panasonic apresentou um prejuízo operacional de 184 bilhões de ienes no ano fiscal de 2012.
A RWE, segunda maior concessionária da Alemanha, vai cortar cerca de 2.500 postos de trabalho em seus negócios de geração de energia no país ao longo dos próximos anos. De acordo com informações obtidas pela Reuters mais cedo, cerca de 3.400 postos de trabalho podem ser eliminados no total.
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