Negócios

2009 foi o melhor ano para Bayer CropScience no Brasil

São Paulo - A Bayer CropScience encerrou 2009 com o melhor faturamento já registrado pela divisão agrícola da multinacional no Brasil. As vendas do ano passado geraram receita de R$ 2 bilhões, 9% acima do recorde do ano anterior. "O desempenho foi superior ao nosso melhor ano até então, que era 2008. Foi um ano […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - A Bayer CropScience encerrou 2009 com o melhor faturamento já registrado pela divisão agrícola da multinacional no Brasil. As vendas do ano passado geraram receita de R$ 2 bilhões, 9% acima do recorde do ano anterior. "O desempenho foi superior ao nosso melhor ano até então, que era 2008. Foi um ano de resultados positivos, apesar do cenário desfavorável do primeiro semestre", afirmou Marc Reichardt, presidente da Bayer CropScience para a América Latina, ao comentar os resultados. O executivo observou que no primeiro semestre de 2009 o mercado brasileiro sofreu os efeitos da crise econômica, com a queda acentuada nas exportações de commodities agrícolas. Já o segundo semestre foi marcado por um movimento contínuo de recuperação.

O crescimento da subsidiária brasileira também superou o desempenho global da Bayer CropScience, cujo faturamento atingiu 6,5 bilhões de euros, incremento de 2,5% sobre 2008. O cenário global, que teve menor impacto no mercado brasileiro, provocou a retração da divisão agrícola da multinacional. "A queda do preço de commodities e do valor geral do mercado, especialmente do glifosato, tiveram forte peso para a Bayer", afirmou Reichardt.

2010

A Bayer evitou traçar projeções de crescimento para este ano, mas espera manter expansão acima da média de mercado. A companhia é a segunda maior no ranking de vendas de defensivos agrícolas no Brasil, atrás apenas da multinacional suíça Syngenta. O executivo espera crescimento nas vendas através das operações de troca, nas quais o produtor troca parte de sua produção por insumo. No ano passado, o sistema de troca representou 10% de todas as vendas da divisão agrícola da Bayer, especialmente para as culturas de cana, milho e café.

"Neste cenário de queda dos preços das commodities, os produtores tendem a aceitar melhor as soluções de troca, porque a empresa tem mais condições para fazer operações de hedge e se proteger com as oscilações de mercado", afirma Reichardt. Contudo, o executivo ressalta que a companhia não tem uma meta de crescimento, porque considera a operação apenas um instrumento. "É um serviço que oferecemos e não um produto que tem uma meta de venda", explica.

Ainda assim, o executivo observa que o setor vai sofrer com o aumento dos custos neste ano. "Temos sim uma pressão maior neste ano, com o aumento dos custos da matéria-prima e da logística, cujo repasse deverá ser feito ao longo do ano. Todos que trabalham com produtos químicos estão passando por esta situação", afirma. Reichardt reconhece, porém, que será difícil repassar os custos mais altos neste ano, por causa da retração dos preços de commodities agrícolas.

Biotecnologia

No ano passado, a Bayer concluiu a aquisição da norte-americana Athenix, por 250 milhões de euros, com o objetivo de reforçar sua participação no segmento de biotecnologia. "Nossa meta é atingir a liderança no segmento das sementes transgênicas de segunda e terceira geração, com mais de uma característica. Com isso, teremos a maior coleção de genes BT da indústria", afirma. O investimento global da companhia em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos é de 750 milhões de euros. Somente com a semente geneticamente modificada do algodão, a empresa vem registrando crescimento médio das vendas anuais em 7% a 8%.

Acompanhe tudo sobre:BayerEmpresasEmpresas alemãsLucroQuímica e petroquímica

Mais de Negócios

10 franquias baratas de limpeza para empreender a partir de R$ 27 mil

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Mais na Exame