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2004, um ano fora do normal

Após um início promissor, com vendas crescentes no mercado interno e externo, o ano enfrenta agora fatores negativos às vésperas do Natal

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os fabricantes de eletrodomésticos experimentaram um ano atípico. Pela primeira vez desde 1996, as vendas cresceram no mercado interno, acompanhadas pelo aumento das exportações. O cenário promissor, no entanto, está se revertendo às véspera do Natal, o melhor período para as vendas desta vez pela associação de fatores negativos.

"Começamos o ano com uma coincidência de fatores positivos que ajudaram na recuperação das vendas", diz Paulo Periquito, presidente da Multibrás, líder desse mercado com as marcas Brastemp e Consul. "Os produtos comprados pouco depois da implantação do Plano Real envelheceram e, ao mesmo tempo, houve aumento da oferta de crédito por parte do varejo, o que incentivou o consumidor a comprar eletrodomésticos novos."

Segundo a mais recente pesquisa mensal sobre as vendas no comércio, realizada pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento das vendas nos primeiros oitos meses do ano acumulou alta de 9,45%. Esse incremento contou com expressiva participação dos setores de eletrodomésticos e móveis, que registraram crescimento de 29,5% no período. No entanto, na mesma pesquisa, o IBGE identificou uma desaceleração na demanda.

Transformaram-se em ameaça para sustentar o crescimento no setor os aumentos da Selic, a taxa básica de juros (que tendem a apertar o crédito), a desvalorização do dólar frente ao real (que reduz a competitividade do produto brasileiro no exterior), o aumento no preço de insumos básicos, como o aço (que obrigam a indústria a reajustar os preços), e as brigas comerciais com a Argentina (que responde por quase metade das vendas externas do setor). "O cenário agora é de preocupação", diz Periquito.

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