12 empresas que deram adeus a alguns negócios recentemente
Algumas, como Ford e Carrefour, deram tchau a países. Outras fecharam fábricas no Brasil. Confira a lista completa
Tatiana Vaz
Publicado em 28 de maio de 2013 às 15h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h35.
Tido como o maior varejista da Europa, o Carrefour vendeu uma parcela remanescente em uma joint venture no Oriente Médio para o parceiro local Majid Al Futtaim por 530 milhões de euros. Tratava-se de uma operação de 50 hipermercados e 44 supermercados sob o nome Carrefour no Oriente Médio, África no Norte e Ásia Central, que funcionava desde 1995. No ano passado, a varejista vendeu 2,8 bilhões de euros em ativos na Grécia, Colômbia e Indonésia, países em que deixou de operar para levantar caixa.
Depois da queda nas vendas por um longo período, que a impedia de fazer novos investimentos para crescer, a Ambev decidiu encerrar sua produção na Venezuela. A empresa havia entrado no país em 1994, com a compra da Cervecera Nacional pela Brahma, e continuará vendendo sua marca por meio da parceria com a Cervecería Regional, empresa cuja Ambev tem 15% de participação.
A montadora Ford confirmou que tem planos de acabar a fábrica que opera na Bélgica e que emprega mais de 4.300 pessoas. A unidade deve parar até 2014 dentro dos planos de reestruturação dos negócios da companhia na Europa. "Precisamos voltar ao crescimento rentável", afirmou Stephen Odell, chefe das operações da montadora na Europa, em nota.
Outra que saiu da Bélgica foi a maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal , depois de registrar prejuízos com o contínuo enfraquecimento da demanda por aço no país. A empresa fechará uma unidade de coque e seis de 12 linhas de acabamento, que transformam aço em produtos acabados, em resposta a um enfraquecimento maior da economia europeia.
A companhia de laticínios japonesa Yakult entrou para a longa lista das empresas que decidiram encerrar operações na Argentina. Em seu site, a companhia apenas informou que "lamentavelmente, a empresa deixou de operar na Argentina". Os motivos, segundo pessoas do setor, foram as restrições para importar, a impossibilidade de remeter lucros à matriz, custo elevado de produção e greves frequentes que complicavam a produtividade.
A Duratex anunciou que desistiu de suas operações da marca Deca na Argentina por não ter conseguido reverter sucessivos prejuízos financeiros no país. A fábrica argentina da companhia teve de ser fechada e cerca de 140 pessoas serão demitidas por conta da iniciativa. A empresa afirmou que continuará no mercado Argentino, mas não esclareceu de que maneira.
No início de março, a Siemens Enterprise informou que fecharia sua unidade de Curitiba, no Paraná, onde operava desde 2008 com a produção de telefones IP e equipamentos de rede. O fechamento se dará de forma gradual, até dezembro, com a demissão de 470 funcionários ( a empresa não confirma o número). As unidades de pesquisa e desenvolvimento e de logística podem não ser afetadas. Nos últimos tempos, a Siemens se concentrou na oferta de serviços de comunicação unificada.
Dona das marcas Dako, GE e Continental, a Mabe entrou com pedido de recuperação judicial no país, além de anunciar o fechamento da unidade de Itu, no interior de São Paulo, que fabrica lavadoras. A companhia sofria problemas de liquidez e está com produção interrompida há três semanas nas três fábricas no País.
A companhia de laticínios LBR anunciou, em abril, que fechará duas fábricas de queijos no sul do país, uma em Gaurama, no Rio Grande do Sul, e outra em São José dos Cedros, em Santa Catarina. Criada em 2010 com a união da Bom Gosto e LeitBom, que está em processo de recuperação judicial, a empresa é um das maiores do setor no país e emprega cerca de 1.000 funcionários nas unidades.
A Foxconn fechou uma fábrica na Zona Franca de Manaus, onde cerca de 300 pessoas eram empregadas. Todas foram demitidas. A empresa alegou que perdeu mercado depois do governo federal alterar as regras de obrigatoriedade para conteúdo nacional nos aparelhos em junho deste ano.
A Panasonic anunciou que f echará a única fábrica de televisão de plasma que possui em Xangai, na China. A iniciativa faz parte do plano da companhia de deixar de lado as apostas no segmento. Segundo a imprensa internacional, os televisores de tela de cristal líquido (LCD) dominam o mercado e a maioria dos aparelhos da Panasonic agora possui tela de LCD.
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