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10 negócios que fracassaram ou patinaram em 2011 (até agora)

Aquisições frustradas, planos adiados, investimentos que não saíram do papel – o lado frustrante dos negócios neste ano

Daniela Barbosa

Publicado em 18 de novembro de 2011 às 05h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h29.

Em maio deste ano, o empresário e presidente do conselho do grupo Pão de Açúcar , Abilio Diniz, tentou, sem sucesso, unir as operações do Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil. Na ocasião, Abilio chegou a afirmar que a operação seria boa para o grupo, pois fortaleceria a varejista diante dos concorrentes, como o Walmart . A tentativa de fusão, no entanto, não foi bem vista pelo grupo francês Casino, seu sócio no Pão de Açúcar.  A partir de junho do ano que vem, o Casino tem a opção de adquirir o controle total do grupo. Os franceses chegaram a afirmar que a ideia era uma tentativa de Abilio de se manter no poder, ignorando os direitos do Casino. Depois de muitas reuniões, a operação azedou. O Casino conseguiu melar os planos de Abilio. O empresário chegou a afirmar recentemente que a briga com o grupo francês ficou para trás.
  • 2. CSN e os espanhóis

    2 /9(José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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    Em maio deste ano, a CSN acertou a compra de cinco companhias do grupo Gallardo, um dos maiores produtores de aço da Espanha. A operação foi fechada pelo valor de 543 milhões de euros, mais dívida de 403 milhões de euros. Em setembro, no entanto, a CSN rescindiu o contrato de aquisição. Segundo a companhia, o cancelamento ocorreu em razão de descumprimentos contratuais por parte do grupo Gallardo. A empresa brasileira não detalhou quais foram as condições não cumpridas.
  • 3. Vale desiste da Metorex

    3 /9(Agência Vale/Divulgação)

  • Em abril deste ano, a Vale fez uma oferta para comprar a totalidade das ações da empresa sul-africana Metorex. A proposta foi superior a 1,1 bilhão de dólares. Três meses depois, no entanto, a Vale desistiu do negócio, pois o grupo chinês Jinchuan tinha feito uma oferta superior à sua para comprar a Metorex. Na época, a companhia não estava disposta a cobrir a oferta.
  • 4. Brasil Foods e as inúmeras restrições do Cade

    4 /9(Divulgação)

    A fusão entre Sadia e Perdigão não é considerada uma operação que fracassou, uma vez que deu origem à Brasil Foods e foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O que pesou na operação, no entanto, foram as inúmeras restrições impostas pelo órgão antitruste, que, certamente, não eram esperadas pela companhia. Entre as restrições impostas, está a suspensão temporária da marca Perdigão por cinco anos em alguns mercados, a venda de fábricas e de várias marcas.
  • 5. Eike e o petróleo demora a sair

    5 /9(VEJA SÃO PAULO)

    Outro negócio que não necessariamente fracassou, mas que enfrenta uma série de contratempos é o início da produção de petróleo pela OGX , a petrolífera do grupo EBX, de Eike Batista. O início da produção estava marcado para agosto deste ano, mas a data foi adiada pelo menos duas vezes – primeiro, para outubro, depois para novembro ou dezembro. Isto porque a empresa esperava a chegada da plataforma FPSO OSX – 1,  que foi construída em Cingapura. A plataforma chegou ao Brasil  apenas no início de outubro. Na semana passada, no entanto, a plataforma foi interditada pelo Ministério do Trabalho, por não atender as normas de seguranças necessárias. Em nota, a companhia chegou a afirma que o problema seria resolvido em dez dias – e espera que o petróleo comece a ser produzido até dezembro.
  • 6. JBS e a briga com os italianos

    6 /9(Germano Luders)

    Neste ano também, o JBS conseguiu encerrar uma encrenca que começou em 2007. Em abril, a companhia desfez a sociedade que mantinha com o grupo italiano Cremonini, seu sócio na Inalca. O JBS entrou no capital da Inalca em 2007, por meio de um acordo que envolveu o aumento de capital da Cremonini. O valor do negócio, na época, foi de 225 milhões de euros. A empresa brasileira, no entanto, não conseguiu participar da administração da Inalca. O JBS recorreu pelo menos quatro vezes aos tribunais italianos, com o objetivo de conseguir nomear diretores para a empresa. O JBS conseguiu desfazer a operação,  que  não teve, no entanto, um grande impacto em seus negócios, pois a Inalca representava 2% de seu faturamento global.
  • 7. Foxconn e a fábrica que não sai do papel no país

    7 /9(Voishmel/AFP Photo)

    Outra novela que parece não ter fim no mundo dos negócios é o início da produção de aparelhos da Apple pela chinesa Foxconn no Brasil. Desde maio, a Foxconn, representantes da Apple, o governo brasileiro e até o empresário Eike Batista, que quer entrar como sócio no negócio, discutem e tentam chegar a um acordo sobre o problema. A Foxconn aguarda agora a aprovação de um empréstimo do BNDES de cerca de 1,2 bilhão de reais para dar início à construção da fábrica que vai produzir iPhones e iPads, mas o acordo só deve sair no início do ano que vem.
  • 8. Netflix queria ser duas, mas não conseguiu

    8 /9(Getty Images)

    A Netflix teve que voltar atrás na decisão de se dividir em duas um mês após o anúncio. Em setembro a companhia havia separado as operações em alugueis de DVD e distribuição de filmes online. A estratégia, no entanto, não foi bem vista, pois confundia os assinantes dos serviços oferecidos pela Netflix. A companhia desfez a separação após perder milhares de clientes.
  • 9. Gradiente e as promessas para 2012

    9 /9(Germano Luders)

    Desde que foi aprovado o plano de recuperação judicial da Gradiente , em maio de 2010, a companhia vem ensaiando maneiras de voltar a operar no mercado. A expectativa era que, no primeiro semestre deste ano, a companhia já estivesse em operação, mas o plano minguou.  Em entrevista recente a EXAME.com, o novo presidente da companhia, Fabio Vianna, afirmou, no entanto, que já está quase tudo pronto para que a companhia volte a produzir eletrônicos. O executivo só preferiu não cravar uma data.
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