Zelensky pede investigação internacional sobre queda de avião russo
Moscou afirma que 74 pessoas morreram na queda, incluindo 65 prisioneiros ucranianos
Agência de notícias
Publicado em 24 de janeiro de 2024 às 20h15.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu, nesta quarta-feira, que seja iniciada uma investigação internacional sobre o avião russo que caiu na região de Belgorod .
— É evidente que os russos jogam com as vidas dos prisioneiros ucranianos, com os sentimentos de seus familiares e as emoções da nossa sociedade — disse Zelensky em seu discurso diário, sem confirmar, nem desmentir se as vítimas eram de fato prisioneiros de seu país.
Os serviços de inteligência militar da Ucrânia afirmaram, também nesta quarta, que não têm “nenhuma informação confiável” sobre os passageiros. No entanto, eles confirmaram que tinham planejado uma troca de prisioneiros com a Rússia, que não ocorreu.
“Atualmente não temos informações confiáveis e completas sobre as pessoas que estavam a bordo do avião ou o seu número”, afirmou o serviço de inteligência ucraniano.
“Estava prevista uma troca de prisioneiros para hoje, mas não ocorreu”, acrescentou, garantindo que a Ucrânia “não foi informada” da necessidade de garantir a segurança do espaço aéreo na zona.
Moscou acusou Kiev de ter abatido um avião militar russo na região russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, com 74 pessoas a bordo, incluindo 65 prisioneiros ucranianos, que seriam trocados por prisioneiros de guerra russos.
Segundo o Ministério da Defesa russo, não houve sobreviventes da queda do aparelho, ocorrida a 45 km da fronteira com a Ucrânia. Autoridades do país também acusam os ucranianos de lançarem dois mísseis de um sistema de defesa aérea localizado na região de Kharkiv para abater o avião de transporte militar Il-76 e depois poder “acusar a Rússia ”.
Por sua vez, o governo ucraniano pediu para não tirar “conclusões precipitadas”. Segundo a imprensa local, o Estado-Maior do país afirmou que o avião levava mísseis para o sistema de defesa aéreo S-300. Não há como verificar as alegações de forma independente, e a Ucrânia ainda não confirmou se é responsável pela queda.