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Zelensky afirma ainda estar aberto a negociar com a Rússia

"Nessa situação, nós seríamos capazes de começar a discutir as coisas normalmente", afirmou o presidente da Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: líder cobra comunidade internacional nos esforços para reconstruir o país. (Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Reuters)

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky: líder cobra comunidade internacional nos esforços para reconstruir o país. (Serviço de Imprensa da Presidência da Ucrânia/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de maio de 2022 às 13h04.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que ainda está aberto a negociar com a Rússia, mas apenas se Moscou retirar suas forças para as posições anteriores à invasão de seu país. Durante evento remoto nesta sexta-feira (6) na Chatham House, em Londres, Zelensky disse que retornar à situação de 23 de fevereiro, o dia anterior a invasão, é um requisito para as conversas.

"Nessa situação, nós seríamos capazes de começar a discutir as coisas normalmente", e a Ucrânia poderia usar os "canais diplomáticos" para retomar seu território. O governo do Reino Unido tem afirmado que a Rússia precisa se retirar de toda a Ucrânia, inclusive da Crimeia, tomada por Moscou em 2014.

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Apesar de que a Rússia venha intensificado ataques na região de Donbas, no leste ucraniano, Zelensky disse ainda ver espaço para a diplomacia. "Nem todas as pontes já estão destruídas" na via diplomática, afirmou.

O presidente ucraniano disse ainda que "Mariupol nunca cairá". "Não estou falando sobre heroísmo ou nada. Não há nada lá para cair. Já está totalmente devastada", lamentou.

Alemanha

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que convidou os chefes de governo e Estado da Alemanha para visitar a Ucrânia na próxima segunda-feira, 9 de maio, dia em que a Rússia marca a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Autoridades do Ocidente acreditam que o presidente russo, Vladimir Putin, poderia usar o feriado do Dia da Vitória para fazer um anúncio sobre a guerra declarando uma vitória ou aumentando o conflito,

A Alemanha faz parte da aliança ocidental que apoia a Ucrânia, mas o chanceler Olaf Scholz ainda não fez uma visita de solidariedade ao país. Scholz trocou farpas com autoridades ucranianas nas últimas semanas por causa da recusa de Kiev em convidar o chefe de Estado da Alemanha, o presidente Frank-Walter Steinmeier, a quem a Ucrânia acusa de se aproximar da Rússia durante seu tempo como ministro das Relações Exteriores.

Falando no "think-tank" Chatham House de Londres nesta sexta-feira, Zelensky disse que conversou com Steinmeier e convidou o presidente e Scholz para uma visita à capital. Segundo o líder ucraniano, Scholz "pode dar este passo político muito poderoso para vir aqui no dia 9 de maio, para Kiev".

Não houve nenhuma palavra imediata sobre se os políticos alemães terem ou não concordado. O presidente do Parlamento alemão, Baerbel Bas, deve visitar a Ucrânia no domingo (8) e a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, em breve.

 

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