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Zapatero diz que Alemanha deve sair da defensiva e assumir papel de liderança

Para o primeiro-ministro da Espanha, Alemanha está na hora de enfrentar os problemas da União Europeia e da atual crise da dívida

Zapatero, primeiro-ministro da Espanha: Alemanha não pode ficar na defensiva (Eduardo Parra/Getty Images)

Zapatero, primeiro-ministro da Espanha: Alemanha não pode ficar na defensiva (Eduardo Parra/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 06h37.

Berlim - O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, considera que a Alemanha deve sair da defensiva e assumir o papel de líder na Europa à hora de enfrentar os problemas da União Europeia e a atual crise da dívida.

"Queremos que a Alemanha não jogue apenas na defesa, mas também no posto de atacante", afirma Zapatero em entrevista conjunta que foi publicada nesta quarta-feira pelos jornais alemães "Handelsblatt", "Frankfurter Allgemeine Zeitung", "Die Welt" e "Süddeutsche Zeitung".

Zapatero manifestou que as consultas bilaterais que serão realizadas na quinta-feira em Madri com a presença da chanceler alemã, Angela Merkel, "talvez seja a cúpula mais importante entre Espanha e Alemanha dos últimos anos".

"A Espanha deve, com as medidas que atualmente está aplicando, elevar sua produtividade e capacidade de competir. A Alemanha deve fazer mais concessões na integração econômica, a harmonização da política tributária e trabalhista e da idade da aposentadoria", afirma o primeiro-ministro da Espanha.

Zapatero acrescenta que "atualmente há três países decisivos: Alemanha, França e Espanha. Se a Espanha fizer seus deveres, Alemanha e França poderão levar adiante uma união econômica perfeita".

Quanto à crise do euro, Zapatero assinala que "a Alemanha tirou certamente suas vantagens da crise", que financia com custos muito baixos, já que sua emissão de dívida é atualmente um porto seguro para os investidores, com base na "sólida produtividade e na força exportadora da Alemanha".

Questionado sobre os problemas de Grécia e Portugal, Zapatero reafirmou sua confiança em que o país luso conseguirá reduzir rapidamente seu déficit, enquanto considerou "prematuro" falar sobre o futuro da Grécia, apesar de ressaltar que a UE continuará ajudando, de for necessário.

Zapatero aproveitou para negar que a Espanha corra o risco de sofrer o contágio.

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