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Xi Jinping pede retomada nas conversas de paz sobre a Ucrânia, ao receber Macron em visita

O líder chinês disse que "preocupações de segurança legítimas de todas as partes" devem ser consideradas

BEIJING, CHINA - APRIL 06: French President Emmanuel Macron shakes hands with Chinese President Xi Jinping during a welcome ceremony outside the Great Hall of the People on April 6, 2023 in Beijing, China. French President Macron is in China for a three-day state visit, seeking to change Chinese President Xi's stance on the Russia-Ukraine war, and improving European trade ties. (Photo by Ng Han Guan - Pool/Getty Images) (Ng Han Guan/Getty Images)

BEIJING, CHINA - APRIL 06: French President Emmanuel Macron shakes hands with Chinese President Xi Jinping during a welcome ceremony outside the Great Hall of the People on April 6, 2023 in Beijing, China. French President Macron is in China for a three-day state visit, seeking to change Chinese President Xi's stance on the Russia-Ukraine war, and improving European trade ties. (Photo by Ng Han Guan - Pool/Getty Images) (Ng Han Guan/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de abril de 2023 às 10h55.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta quinta-feira, 6, conversas de paz sobre a Ucrânia, após o presidente da França, Emmanuel Macron, apelar a ele que "traga a Rússia à razão", mas o líder chinês não sinalizou que Pequim usaria seu peso como parceiro diplomático de Vladimir Putin para pressionar por um acordo. Xi não deu sinais de que a China, que declarou sua "amizade sem limites" com Moscou desde o ataque no ano passado, havia mudado de postura desde que pediu em fevereiro conversas de paz. Mas ele acrescentou sua autoridade pessoal ao repetir o apelo em um evento conjunto com Macron, diante de repórteres.

"As conversas de paz devem começar o mais rápido possível", disse o anfitrião. O líder chinês disse que "preocupações de segurança legítimas de todas as partes" devem ser consideradas.

Trata-se de uma referência ao argumento de Moscou de que a invasão à Ucrânia era justificada por causa da expansão a leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar entre EUA e nações europeias.

Durante a conversa dos líderes mais cedo, Macron apelou a Xi para levar todos à mesa de negociações, e pediu respeito à integridade territorial de um país.

Segundo ele, o anúncio de Putin de que seu governo enviará armas nucleares à Bielo-Rússia viola acordos internacionais e compromissos feitos por Moscou com o governo chinês. "Temos de encontrar uma paz duradoura", afirmou o presidente francês.

A China é o maior comprador de petróleo e gás da Rússia, o que ajuda a apoiar a receita do Kremlin, diante de sanções do Ocidente. Isso aumenta a influência chinesa, mas Xi parece relutante em ameaçar a parceria ao pressionar Putin.

Macron apela a Xi Jinping para 'trazer Rússia à razão'

O presidente da França Emmanuel Macron apelou ao líder chinês Xi Jinping, que recebeu uma recepção efusiva de Vladimir Putin em Moscou no mês passado, para "trazer a Rússia à razão" e ajudar a fazer "paz duradoura" na Ucrânia.

Macron destacou o apoio chinês à Carta das Nações Unidas, que exige respeito à integridade territorial de um país e a acordos nucleares. Ele disse que a paz e a estabilidade com base nisso foram ameaçadas pela invasão do presidente russo na Ucrânia.

O governo de Xi declarou que tinha uma "amizade sem limites" com a Rússia antes do ataque de fevereiro de 2022, mas tentou parecer neutro. Pequim pediu negociações de paz.

"Sei que posso contar com você, sob os dois princípios que acabei de mencionar, para trazer a Rússia à razão e trazer todos de volta à mesa de negociações", disse Macron a Xi. "Precisamos encontrar uma paz duradoura", disse Macron. "Acredito que esta também é uma questão importante para a China, tanto quanto para a França e para a Europa."

Xi não mencionou a Ucrânia ou a Rússia, mas disse que saúda as relações com a França.

Ele disse que Pequim e Paris são "firmes promotores da multipolarização do mundo", uma referência à redução do domínio dos EUA nos assuntos econômicos e políticos.

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