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Wikileaks vaza conteúdo de e-mail pessoal do diretor da CIA

Washington - O Wikileaks começou a publicar nesta quarta-feira o conteúdo de vários e-mails obtidos da conta pessoal do diretor da CIA, John Brennan, nos quais ele fala sobre o poder do Irã e novas técnicas para interrogar terroristas. "Hoje e nos próximos dias, o Wikileaks irá divulgar documentos de uma das contas de e-mail […]

Wikileaks: o serviço começou a publicar nesta quarta-feira o conteúdo de vários e-mails obtidos da conta pessoal do diretor da CIA, John Brennan (Thomas Samson/AFP)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 06h06.

Washington - O Wikileaks começou a publicar nesta quarta-feira o conteúdo de vários e-mails obtidos da conta pessoal do diretor da CIA , John Brennan, nos quais ele fala sobre o poder do Irã e novas técnicas para interrogar terroristas.

"Hoje e nos próximos dias, o Wikileaks irá divulgar documentos de uma das contas de e-mail não governamentais do diretor da CIA, John Brennan. Ele usou essas contas de forma ocasional para vários projetos relacionados com inteligência", diz em seu site oficial a organização criada por Julian Assange.

O FBI e os serviços secretos dos Estados Unidos investigam se um adolescente invadiu o e-mail pessoal de Brennan e do secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, que tinham trocado documentos de segurança por meio virtual, segundo divulgou a imprensa local no início desta semana.

"Anúncio: obtivemos o conteúdo dos e-mails de Brennan e os publicaremos em um curto período de tempo", alertou o Wikileaks em sua conta no Twitter, para divulgar na sequência seis documentos que supostamente pertencem ao diretor da CIA.

Dois deles estão relacionados com casos de tortura e datam de 2008, quando Brennan já era considerado pelo recém-eleito presidente Barack Obama para assumir o comando da CIA. Ele só foi nomeado em 2013, depois de trabalhar como conselheiro antiterrorismo.

Um deles, de 7 de maio de 2008, é uma carta do ex-senador Christopher "Kit" Bond, vice-presidente da Comissão de Inteligência do Senado, que escreveu aos seus companheiros congressistas para pedir métodos mais respeitosos para interrogar terroristas.

No documento, cuja veracidade não foi confirmada pelo FBI, Bond pede que se proíba "forçar o detido a ficar nu, efetuar atos sexuais, adotar determinar postura sexual, colocar capuzes ou sacos sobre suas cabeças, usar fita para os olhos, dar golpes, aplicar descargas elétricas, promover queimaduras ou qualquer outro prejuízo físico".

Outro documento enviado pelo chefe da CIA fala sobre o poder crescente do Irã e a necessidade dos EUA de buscar o entendimento com o regime de Teerã para satisfazer os interesses americanos e estabilizar a região do Oriente Médio.

O antecessor de Brennan à frente da CIA, o general reformado David Petraeus, teve que renunciar em novembro de 2012 por ter tido um caso extraconjugal e ter passado informações de segurança nacional a sua amante, Paula Broadwell.

O general de quatro estrelas e um dos principais estrategistas da Guerra do Iraque foi condenado em abril por um tribunal da Carolina do Norte a dois anos de liberdade condicional e ao pagamento de uma multa de US$ 100 mil por vazar informações secretas.

A relevância do Wikileaks aumentou entre julho e outubro de 2010, após publicar documentos secretos da guerra do Afeganistão (2001) e da segunda guerra do Iraque (2003), a partir de vazamentos do soldado americano Bradley Manning, hoje Chelsea Manning.

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Washington - O Wikileaks começou a publicar nesta quarta-feira o conteúdo de vários e-mails obtidos da conta pessoal do diretor da CIA , John Brennan, nos quais ele fala sobre o poder do Irã e novas técnicas para interrogar terroristas.

"Hoje e nos próximos dias, o Wikileaks irá divulgar documentos de uma das contas de e-mail não governamentais do diretor da CIA, John Brennan. Ele usou essas contas de forma ocasional para vários projetos relacionados com inteligência", diz em seu site oficial a organização criada por Julian Assange.

O FBI e os serviços secretos dos Estados Unidos investigam se um adolescente invadiu o e-mail pessoal de Brennan e do secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, que tinham trocado documentos de segurança por meio virtual, segundo divulgou a imprensa local no início desta semana.

"Anúncio: obtivemos o conteúdo dos e-mails de Brennan e os publicaremos em um curto período de tempo", alertou o Wikileaks em sua conta no Twitter, para divulgar na sequência seis documentos que supostamente pertencem ao diretor da CIA.

Dois deles estão relacionados com casos de tortura e datam de 2008, quando Brennan já era considerado pelo recém-eleito presidente Barack Obama para assumir o comando da CIA. Ele só foi nomeado em 2013, depois de trabalhar como conselheiro antiterrorismo.

Um deles, de 7 de maio de 2008, é uma carta do ex-senador Christopher "Kit" Bond, vice-presidente da Comissão de Inteligência do Senado, que escreveu aos seus companheiros congressistas para pedir métodos mais respeitosos para interrogar terroristas.

No documento, cuja veracidade não foi confirmada pelo FBI, Bond pede que se proíba "forçar o detido a ficar nu, efetuar atos sexuais, adotar determinar postura sexual, colocar capuzes ou sacos sobre suas cabeças, usar fita para os olhos, dar golpes, aplicar descargas elétricas, promover queimaduras ou qualquer outro prejuízo físico".

Outro documento enviado pelo chefe da CIA fala sobre o poder crescente do Irã e a necessidade dos EUA de buscar o entendimento com o regime de Teerã para satisfazer os interesses americanos e estabilizar a região do Oriente Médio.

O antecessor de Brennan à frente da CIA, o general reformado David Petraeus, teve que renunciar em novembro de 2012 por ter tido um caso extraconjugal e ter passado informações de segurança nacional a sua amante, Paula Broadwell.

O general de quatro estrelas e um dos principais estrategistas da Guerra do Iraque foi condenado em abril por um tribunal da Carolina do Norte a dois anos de liberdade condicional e ao pagamento de uma multa de US$ 100 mil por vazar informações secretas.

A relevância do Wikileaks aumentou entre julho e outubro de 2010, após publicar documentos secretos da guerra do Afeganistão (2001) e da segunda guerra do Iraque (2003), a partir de vazamentos do soldado americano Bradley Manning, hoje Chelsea Manning.

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