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WikiLeaks: Kadafi é 'volúvel e excêntrico' e sofre de fobia

Chefe de Estado da Líbia já foi muitas vezes ridicularizado no Ocidente

Entre os planos de Kadafi que irritam líderes está a criação dos "Estados Unidos da África" (Casa Branca/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 19h45.

Londres - O chefe do Estado líbio, Muammar Kadafi, é "volúvel e excêntrico", sofre de graves fobias e de acordo com seus caprichos, detalham novos vazamentos diplomáticos americanos divulgados pelo WikiLeaks e publicados pelo jornal "The Guardian".

Kadafi, de 68 anos, tem medo de altura e prefere não voar sobre o mar, revelou um diplomata americano em Trípoli antes que este fizesse uma polêmica visita à ONU em Nova York em setembro de 2009.

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O coronel líbio, que segundo WikiLeaks consegue irritar amigos e inimigos, já foi muitas vezes ridicularizado no Ocidente.

Alguns líderes de países africanos se irritam com ele pelo fato de seu plano de criar os Estados Unidos da África.

O presidente de Uganga, Yoweri Museveni, expressou inclusive sua preocupação pela possibilidade que Líbia atacasse seu avião.

A equipe líbia encarregada pelo protocolo resistiu em princípio a aceitar a exigência de que Kadafi apresentasse uma foto do tipo para passaporte para sua solicitação de visto com o argumento de que "sua imagem aparecia em centenas de cartazes na Líbia e bastava fotografá-la para reduzir depois o tamanho".

O embaixador americano, Gene Cretz, advertiu à secretária de Estado, Hillary Clinton, antes que esta viajasse para Trípoli em agosto de 2008, que Kadafi tem uma personalidade "volúvel", evita no início olhar nos olhos do interlocutor e podem produzir-se silêncios longos e incômodos em reunião com ele.

No ano passado, por causa da realização do 40º aniversário da Revolução líbia, o embaixador dos Estados Unidos contou que Kadafi parecia "particularmente fascinado por corridas de cavalos.

Os vazamentos falam por outro lado da desconfiança gerada por Kadafi em outros líderes e o presidente Museveni denunciou as supostas tentativas do dirigente líbio de "comprá-los" ou "intimidá-los, desestabilizando seus países a menos que deem seu acordo à união (africana)".

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