Galápagos: ilhas estão situadas mil quilômetros ao oeste do litoral continental equatoriano (Charlie Zielinski/Flickr)
EFE
Publicado em 29 de junho de 2018 às 20h48.
Quito - A atividade interna e superficial do vulcão Sierra Negra, no arquipélago equatoriano de Galápagos, se manteve "alta" nesta sexta-feira e sua tendência não indica mudanças, segundo afirma o último relatório do Instituto Geofísico (IG) da Escola Politécnica Nacional.
Mais de 160 sismos leves aconteceram no interior de tal vulcão, situado no sul da Ilha Isabela, a maior do arquipélago, que na terça-feira passada entrou em erupção.
Nas últimas 24 horas, o colosso gerou 113 sismos de tipo vulcânico-tectônico, 48 de longo período e 15 híbridos, relacionados com o movimento de fluidos e com a fratura de rochas no seu interior, indicou o IG.
Além disso, foram registrados dois eventos de baixa frequência escutados pelos microfones de infrassom colocados no vulcão para sua vigilância.
As autoridades equatorianas mantêm o estado de "alerta laranja", de precaução, na região do vulcão, que emanou fluxos de lava por um setor que não representa risco para colônias de tartarugas gigantes e iguanas terrestres, assim como também não ameaçam as granjas agrícolas localizadas nas proximidades.
A Direção do Parque Nacional Galápagos (PNG), entidade encarregada de zelar pelo frágil ecossistema do arquipélago, afirmou que as quatro populações de tartarugas gigantes da espécie Chelonoidis guntheri e uma população de iguanas terrestres, situadas no lado leste da ilha Isabela, estão protegidas devido ao fato de que os fluxos de lava se dirigem ao noroeste da caldeira.
O Sierra Negra é o maior vulcão da região insulana equatoriana que tem uma das maiores crateras do mundo, com um diâmetro de aproximadamente 10 quilômetros, detalhou o PNG.
Sua altura alcança 1.124 metros sobre o nível do mar e suas últimas erupções aconteceram nos anos 1979 e 2005.
As ilhas de Galápagos estão situadas mil quilômetros ao oeste do litoral continental equatoriano e foram declaradas em 1978 Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco.
O arquipélago deve seu nome às grandes tartarugas que a habitam, e suas reservas terrestre e marinha contêm uma rica biodiversidade, consideradas um laboratório natural, que permitiu ao cientista britânico Charles Darwin desenvolver sua teoria sobre a evolução e a seleção natural das espécies.