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Viúvas rompem barreiras e aderem ao Holi na Índia

Após aventurar-se a festejar o Holi, as viúvas, vetadas pelo hinduísmo de participar de festividades, deram um passo além ao entrar no templo Gopinath


	Viúvas: após aventurar-se a festejar o Holi, as viúvas, vetadas pelo hinduísmo de participar de festividades, deram um passo além ao entrar no templo Gopinath
 (Anindito Mukherjee / Reuters)

Viúvas: após aventurar-se a festejar o Holi, as viúvas, vetadas pelo hinduísmo de participar de festividades, deram um passo além ao entrar no templo Gopinath (Anindito Mukherjee / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 13h35.

Nova Délhi - Mais de 1.000 viúvas indianas se divertiram nesta segunda-feira com pós coloridos, água e pétalas de flores para comemorar pela primeira vez a tradicional festividade hindu do Holi dentro de um templo da cidade de Vrindavan.

Quatro anos após aventurar-se a festejar o Holi pela primeira vez, as viúvas, vetadas pelo hinduísmo de participar de festividades, deram um passo além ao entrar no centenário templo Gopinath, indicou à Agência Efe a encarregada deste projeto da ONG Sulabh International, Vinita Verma.

"Antes, um templo para elas era lugar para mendigar e cantar salmos. Não era permitido participar do Holi nem de nenhum outro ritual", explicou, reconhecendo que foi "difícil" obter a autorização das autoridades religiosas.

Equipadas com 12 mil quilos de "gulal", o nome do pó colorido, as mulheres esqueceram por um dia o repúdio social que sofrem e, desde o início da manhã tingiram suas roupas brancas de várias cores, de acordo com as usadas pelo deus Vishnu.

Viúvas da cidade sagrada de Varanasi, por sua vez, viajaram mais de 600 quilômetros para se juntar às celebrações em Vrindavan, lugar onde Vishnu viveu em sua infância e para aonde milhares de viúvas se mudam para passar os últimos anos de vida.

Até a próxima quinta-feira, a Índia ficará repleta de som de tambores, cantos, danças e muitas cores para dar as boas-vindas à primavera com um festival que na prática deixou de ser hindu para se tornar uma celebração de todas as religiões, castas e origens e que, inclusive, já têm réplicas em outros países.

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