Mundo

Vitória contra o EI depende dos iraquianos, afirma Hagel

Chuck Hagel visitou o Iraque e se reunirá com os comandantes militares americanos, com o ministro da Defesa iraquiano e com o primeiro-ministro Haidar al-Abadi

Chuck Hagel: "podemos ajudar, podemos treinar, podemos assessorar, que é o que estamos fazendo, mas são os iraquianos os responsáveis pelo resultado final" (Mark Wilson/AFP)

Chuck Hagel: "podemos ajudar, podemos treinar, podemos assessorar, que é o que estamos fazendo, mas são os iraquianos os responsáveis pelo resultado final" (Mark Wilson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 11h05.

Bagdá - A vitória na luta contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) depende dos iraquianos, disse nesta terça-feira o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, durante uma visita surpresa a Bagdá.

Durante a visita, Hagel se reunirá com os comandantes militares americanos, com o ministro da Defesa iraquiano e com o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, informou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

Esta é a primeira visita de Hagel ao Iraque e também a última, já que nos próximos dias será substituído por Ashton Carter à frente do Pentágono.

Ao desembarcar, Hagel fez um discurso curto para os soldados americanos e australianos.

Hagel afirmou que os Estados Unidos e seus aliados podem ajudar os iraquianos na luta contra o EI, mas destacou que o sucesso definitivo da campanha contra os jihadistas depende do governo iraquiano.

"Podemos ajudar, podemos treinar, podemos assessorar, que é o que estamos fazendo, mas são os iraquianos os responsáveis pelo resultado final", disse Hagel.

Ele apelou aos políticos iraquianos que formem um governo de unidade, capaz de conquistar a confiança das diferentes comunidades étnicas e religiosas do Iraque.

O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, pediu a Washington mais armas e ataques aéreos contra o EI.

"As forças iraquianas precisam de mais ataques dos aviões da coalizão e de armas pesadas", disse Abadi a Chuck Hagel.

Bagdá e Washington discordam a respeito da estratégia militar. Os americanos defendem uma campanha de ataques aéreos limitados, à espera do momento em que as forças iraquianas estarão preparadas para iniciar uma ofensiva contra os jihadistas.

"Estamos muito agradecidos pelo apoio", disse o primeiro-ministro, antes de destacar que suas forças "avançam no terreno contra o EI".

O governo dos Estados Unidos estabeleceu uma aliança de países ocidentais e árabes para ajudar o Iraque na luta contra o EI.

A coalizão apoia as forças iraquianas com bombardeios aéreos e o treinamento das tropas.

Aviões americanos e dos aliados executaram mais de 1.200 ataques contra os jihadistas no Iraque e na Síria desde 8 de agosto.

Washington mantém 1.500 soldados no Iraque para proteger a embaixada e assessorar o exército iraquiano e as forças curdas.

Em novembro, o presidente Barack Obama aprovou o envio de outros 1.500 soldados para reforçar o treinamento.

O contingente ajudará a recompor as Forças Armadas iraquianas, que sofreram grandes perdas com os ataques do Estado Islâmico nas regiões norte e oeste do país.

Hagel chegou a Bagdá procedente do Kuwait, onde o tenente-general James Terry anunciou na segunda-feira que vários países da coalizão pretendem enviar 1.500 soldados adicionais ao Iraque para a missão de treinamento.

Terry, que dirige o Comando Multinacional Interarmas (CMI), integrado por militares de mais de 30 países, não informou a nacionalidade dos oficiais.

O tenente-general afirmou que as forças iraquianas estão melhorando, mas ainda faltam alguns meses para que possam iniciar uma ofensiva em grande escala contra o EI.

O grupo extremista tenta manter os territórios que conquistou e ainda possui a capacidade de executar alguns ataques de alcance limitado, disse Terry.

O EI espalha o terror, com decapitações, estupros e outras atrocidades nos territórios que controla no Iraque e na Síria, áreas nas quais proclamou um 'califado'.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEstados Unidos (EUA)IraqueIslamismoPaíses ricos

Mais de Mundo

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação

Novas regras da China facilitam exportações no comércio eletrônico