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Vítimas processam FBI por negligência em investigação contra Epstein

Doze denunciantes, representados de maneira anônima afirmam que FBI "não investigou adequadamente o abuso"

Epstein: O processo apresentado em um tribunal de Nova York diz que o FBI, durante mais de duas décadas, "permitiu a Jeffrey Epstein traficar e abusar sexualmente de dezenas de meninas e moças" (AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 15 de fevereiro de 2024 às 07h53.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2024 às 07h53.

Doze vítimas do financista Jeffrey Epstein apresentaram uma ação judicial contra o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 14, alegando que a agência não investigou adequadamente as acusações contra este suposto agressor sexual falecido em 2019.

Doze denunciantes, representados de maneira anônima em documentos judiciais sob o nome "Jane Doe" ("Fulana de Tal", em inglês), afirmam que o Birô Federal de Investigação (FBI) dos Estados Unidos "não investigou adequadamente o abuso" e ignorou o interesse sexual de Epstein por moças menores de idade.

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O processo apresentado em um tribunal de Nova York diz que o FBI, durante mais de duas décadas, "permitiu a Jeffrey Epstein traficar e abusar sexualmente de dezenas de meninas e moças".

"Jane Doe 1-12 entrou com esta ação para chegar ao fundo [...] do papel do FBI na rede criminosa de tráfico sexual de Epstein", acrescenta.

As demandantes pedem uma quantia não especificada como compensação por danos e prejuízos.

A ação chega depois da revelação no mês passado de documentos judiciais que identificaram com nome próprio pessoas relacionadas com Epstein e sua companheira Ghislaine Maxwell, entre eles os ex-presidentes americanos Bill Clinton e Donald Trump, que não foram vinculados ao caso.

Maxwell e Epstein formavam um casal no início da década 1990, antes de se tornarem cúmplices de crimes sexuais cometidos durante quase três décadas. Epstein, uma figura poderosa no mercado financeiro, chegou a ser acusado de estuprar meninas e se suicidou em uma prisão de Nova York em agosto de 2019.

Em 2022, Maxwell foi sentenciada a 20 anos de prisão.

A ação reivindica que, entre 1996 e 2006, o FBI recebeu com "grave negligência" uma série de relatos, queixas e pistas sobre tráfico sexual de mulheres e menores, abusos sexuais e violações de direitos humanos cometidos por Epstein e companhia.

Esta conduta da agência de investigação resultou "no abuso sexual contínuo de Jane Doe 1-12 por Jeffrey Epstein", de acordo com o processo.

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