Vítimas no Iraque e na Síria são inevitáveis, diz Pentágono
Secretário de Defesa disse que os Estados Unidos fazem "todo o humanamente possível" para evitar vítimas civis
AFP
Publicado em 28 de maio de 2017 às 14h29.
Última atualização em 29 de maio de 2017 às 15h15.
As vítimas civis são inevitáveis na guerra contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, mas os Estados Unidos fazem "todo o humanamente possível" para evitá-las, declarou neste domingo (28) o secretário de Defesa, Jim Mattis.
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realiza desde 2014 operações aéreas no Iraque e na Síria contra o EI, que segundo algumas ONGs provocam cada vez mais vítimas civis.
Essas vítimas "são um fato da vida neste tipo de situação", declarou Mattis à emissora CBS.
Mas os Estados Unidos "fazem tudo o que é humanamente possível, compatível com as necessidades militares" para evitá-las, indicou.
De acordo com as ONGs, o aumento das vítimas civis se deve à vontade do governo de Donald Trump de acelerar o combate contra os extremistas e de "destruí-los", mas o Departamento de Defesa o nega.
"Nossa vontade de proteger os inocentes não diminuiu", destacou Mattis.
A coalizão reconhece oficialmente ter matado mais de 450 civis em seus ataques desde o início da campanha de bombardeios em 2014, incluindo os 105 mortos de Mossul em 17 de março.
O Airwars, um coletivo de jornalistas com sede em Londres, que reúne dados publicamente disponíveis, considera que o número de vítimas é de pelo menos 3.681.