Orlando - Bob Cortes, um deputado republicano da Flórida, teme estar perdendo o voto dos hispânicos que ajudaram a elegê-lo. Os culpados: pré-candidatos presidenciais republicanos como Donald Trump que têm vociferado contra a imigração.
A visita iminente do papa mais progressista em temas sociais em gerações ameaça aliená-los ainda mais, aumentando a divisão entre o partido de Cortes e os eleitores hispânicos que a legenda precisa reconquistar para voltar à Casa Branca.
Mais da metade dos latinos dos Estados Unidos é católica, e por sua vez representam 40 por cento dos 51 milhões de católicos do país, o que os torna um público vital para o papa Francisco durante sua primeira visita norte-americana, que começa na semana que vem.
Francisco deve abordar a imigração, o tema mais caro aos hispânicos. O pontífice já disse que os migrantes e refugiados não deveriam ser tratados como “peões no xadrez da humanidade”.
Enquanto isso, o favorito Trump pintou os imigrantes ilegais mexicanos como criminosos violentos, prometeu construir um muro na fronteira entre os dois países e criticou os que falam espanhol.
Vários outros pré-candidatos republicanos, como o governador de Nova Jersey, Chris Christie, e o de Wisconsin, Scott Walker, vêm adotando uma postura mais hostil aos imigrantes na tentativa de se destacarem entre os 17 postulantes à chapa republicana.
“Espero que o papa, sendo de um país latino-americano, esclareça de algum modo que todos aqui que falam espanhol não estão aqui ilegalmente”, disse Cortes, que foi criado em Porto Rico.
Para Cortes e outros republicanos latinos, quanto mais Trump fala, mais o partido vê uma bela oportunidade política escorrer por entre os dedos.
A cada mês, milhares de pessoas fogem da crise econômica portorriquenha e se estabelecem no centro da Flórida, cada um deles um eleitor em potencial na eleição presidencial do ano que vem.
Pesquisas mostram que o argentino Francisco, o primeiro papa latino-americano, é extremamente popular entre os hispânicos dos EUA independentemente de sua inclinação política, o que indica que os políticos com uma mensagem muito distante da sua correm riscos.
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1. As 15 doenças da liderança, segundo o papa
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1/17 (Giampiero Sposito/Reuters)
São Paulo - O que o líder de uma equipe pode aprender com o papa Francisco? Para o especialista em gestão norte-americano Gary Hamel, muitas coisas. A partir de um recente discurso do pontífice sobre as mazelas do Vaticano, o autor elaborou uma lista das 15 doenças que podem acometer um executivo. Segundo o artigo publicado na Harvard Business Review, gestores são tão sensíveis a patologias quanto qualquer ser humano. Mas, quando elas não são tratadas, o trabalho de toda uma equipe pode desmoronar. Veja a seguir as "doenças" listadas pelo papa e como elas comprometem a saúde da liderança.
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2. Pensar que somos imortais, imunes ou indispensáveis
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2/17 (thinkstock)
O líder que não tem auto-crítica e se julga acima daqueles que trabalham para ele sofre da "patologia do poder". De acordo com Hamel, a pessoa é tomada por um complexo de superioridade e deixa de se importar com os mais fracos.
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3. Trabalho em excesso
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3/17 (Tim Pannell/Fuse/Thinkstock)
Pessoas que mergulham no trabalho sem reservar tempo para descanso acabam se estressando e perdendo a concentração. Para o especialista, a ocupação excessiva mostra desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Um tempo de descanso é necessário e permite recarregar as baterias.
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4. "Petrificação"
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4/17 (thinkstock)
Líderes que tem um "coração de pedra" tendem a perder serenidade, agilidade e ousadia, defende Hamel. Substituir a sensibilidade humana por pura formalidade também é perigoso quando se lida com um grupo. Como afirmou o papa, um líder precisa de desprendimento e generosidade.
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5. Planejamento sem limite
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5/17 (Stock.Xchange)
Quando um gestor planeja tudo até o último detalhe por medo do imprevisível, o processo criativo perde a espontaneidade. Organização é importante, desde que haja espaço para a intuição e o improviso, diz Hamel.
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6. Falta de coordenação
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6/17 (Robson Talaveiras/ stock.xchng)
Se um líder perde o senso de comunidade e o objetivo de integrar seu grupo, o sistema todo perde seu equilíbrio. Segundo o especialista, o grupo que não é regido com "camaradagem" e trabalho em equipe vira "uma orquestra que produz ruído", comprometendo resultados.
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7. "Alzheimer" da liderança
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7/17 (thinkstock)
Acontece quando um líder se esquece da gratidão que deve àqueles que sempre o apoiaram ou trouxeram inspiração. Tal reconhecimento não deve perder lugar para "caprichos" e "obsessões", considera Hamel.
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8. Rivalidade
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8/17 (thinkstock)
Segundo o especialista, o título de líder não serve para contar vantagem sobre os outros. O dever fundamental do líder seria justamente o oposto: atentar-se para os interesses e anseios de sua equipe.
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9. "Esquizofrenia existencial"
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9/17 (thinkstock)
É a doença de quem vive uma vida dupla e marcada pela hipocrisia. Segundo Hamel, acontece quando o gestor se isola de clientes e funcionários e se dedica apenas a questões burocráticas, perdendo contato com a realidade.
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10. Fofoca
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10/17 (Stock Exchange)
O artigo descreve a fofoca como uma "grave doença" que começa às vezes em uma conversa simples, mas pode sujar o nome de um colega e contaminar a harmonia que existe numa equipe.
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11. "Puxa saquismo"
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11/17 (Divulgação)
É a patologia que atinge aqueles que cortejam seus superiores com o interesse de ganhar uma promoção. Para isso, ressalta Hamel, deixam de lado os objetivos da equipe como um todo. Líderes são afetados por esta doença quando incentivam e tiram proveito da cumplicidade de seus subordinados.
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12. Indiferença
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12/17 (thinkstock)
Acontece quando o profissional mais experiente não compartilha seu conhecimento com aqueles que estão começando. Por "ciúmes ou engano", a pessoa guarda para si o aprendizado que poderia ser útil para o desenvolvimento da equipe.
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13. Excesso de severidade
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13/17 (Thinkstock)
Ocorre com o gestor que acredita que, para ser sério e respeitado, é preciso ser austero. Na verdade, ressalta Hamel, o excesso de severidade é um sintoma de medo e insegurança. Sempre que possível, o líder deve se esforçar para ser cortês, bem humorado e transmitir entusiasmo.
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14. Acumulação compulsiva
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14/17 (Freeimages.com)
É o caso de quando o líder tenta acumular bens materiais, não por necessidade, mas para se sentir seguro. Segundo palavras do papa destacadas por Hamel, nenhuma riqueza pode preencher o “vazio de um coração”.
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15. Círculos fechados
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15/17 (thinkstock)
Acontece quando a vontade de pertencer a um grupo "seleto" da liderança se torna maior do que a identidade de uma equipe. Também começa com boas intenções, mas pode acabar fragmentando uma organização.
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16. Extravagância
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16/17 (Divulgação)
Ocorre com pessoas que tentam acumular poder a qualquer custo e fazem de tudo para mostrar que são mais capazes que os outros. Tal comportamento é danoso, argumenta Hamel, porque leva as pessoas a justificar o uso de quaisquer meios para atingir seu objetivo.
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17. Leia agora sobre as profissões mais felizes nos Estados Unidos
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17/17 (Getty Images)