Dennis Rodman: "Isso não é sobre mim. Se eu puder abrir a porta um pouco, só um pouco" (Goh Chai Hin/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 11h29.
Pequim - O ex-astro de basquete norte-americano Dennis Rodman defendeu a última visita que fez à Coreia do Norte em uma entrevista à emissora norte-americana CNN nesta terça-feira, dizendo que a viagem ajudaria a "abrir a porta" para o isolado Estado.
Rodman, que falou durante a quarta viagem ao país asiático, expressou "amor" pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un, e disse que sua controversa viagem foi "uma grande ideia para o mundo".
Rodman e uma equipe formada por outros ex-astros da NBA vão participar de jogos de basquete na capital da Coreia do Norte, Pyongyang, para marcar o aniversário de Kim, que acredita-se ser na quarta-feira, embora a data nunca tenha sido oficialmente confirmada.
Os jogos ocorrem apenas uma semanas depois de o tio de Kim, Jang Song Thaek, ser sido expurgado e executado. A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, descreveu os eventos recentes na Coreia do Norte como um "reino do terror".
Durante a entrevista, o ex-astro da NBA também pareceu questionar as atividades do missionário norte-americano de origem coreana Keneth Bae, mantido preso na Coreia do Norte desde maio do ano passado sob a acusação de crimes contra o Estado.
"Se você entende o que Keneth Bae fez... Você entende o que ele fez nesse país? Por que ele está detido nesse país?", disse Rodman.
Rodman enfrenta severas críticas e é ridicularizado por algumas pessoas contrárias às suas viagens, que alguns políticos dos EUA e ativistas consideram servir apenas aos esforços de propagando do regime norte-coreano.
"Isso não é sobre mim. Se eu puder abrir a porta um pouco, só um pouco", disse Rodman. "É tudo pelo jogo. As pessoas amam fazer uma única coisa -- esportes." Ele também lamentou as críticas recebidas pelas suas visitas.
"É impressionante como desenvolvemos negatividade. Alguém conhece esse cara de apenas 31 anos?, disse ele sobre Kim, a quem chama amigo.