EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2012 às 17h06.
Cairo - Mais de 50 pessoas morreram nesta terça-feira em diversos atos de violência na Síria, cerca de metade deles nos arredores da capital, informaram grupos opositores e de direitos humanos.
Os militantes dos Comitês de Coordenação Local declararam em comunicado que pelo menos 56 pessoas perderam a vida no país, 20 delas em áreas próximas à capital.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos elevou para 59 o número registrado de mortos e confirmou que os bombardeios do Exército causaram a morte de 14 pessoas na cidade de Hameh, nas imediações de Damasco. Perto dali, em Qadsaya, 11 pessoas morreram em combates entre as forças sírias e os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS), acrescentou o Observatório.
Os enfrentamentos aconteceram perto de um dos palácios presidenciais, situado na estrada que une os subúrbios de Qadsaya e Al Hama à Praça dos Omíadas, em pleno centro da capital.
Além disso, pelo menos seis pessoas morreram na cidade de Homs e outras seis na de Deir Zur, locais que voltaram a ser palcos de bombardeios das forças do regime sírio.
Com a onda de violência sem tréguas, pelo menos 200 soldados das Forças Armadas sírias desertaram nesta terça-feira na província de Idlib, perto da fronteira com a Turquia, informou o conselheiro de comunicação do ELS, Fahd Al-Masri.
A agência de notícias oficial síria "Sana", por sua vez, informou que dezenas de "terroristas" morreram nesta terça-feira em confrontos entre as autoridades e "grupos armados" em Al Hama.
As informações não puderam ser checadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime de Bashar al Assad ao trabalho dos jornalistas.
Enquanto isso, a ONU decidiu manter a suspensão das operações dos observadores na Síria diante da continuidade da violência no país árabe, indicou nesta terça-feira ao Conselho de Segurança o subsecretário-geral para Operações de Paz das Nações Unidas, Hervé Ladsous.
O chefe dos Boinas Azuis afirmou que as condições na Síria ainda são "muito perigosas" para os militares desarmados que integram a missão.
Após 16 meses de conflito, estima-se que tenham morrido mais de 15 mil pessoas na Síria, cerca de 230 mil tenham se deslocado internamente no país e mais de 60 mil tenham buscado refúgio em países limítrofes, segundo dados das Nações Unidas.