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Violência na Líbia atingiu nível inaceitável, diz Patriota

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, há 153 brasileiros que aguardam autorização de decolagem de um avião para sair do país

Protestos na Líbia: dos 600 brasileiros no país, 130 trabalham na Queiroz Galvão (Mahmud Turkia/AFP)

Protestos na Líbia: dos 600 brasileiros no país, 130 trabalham na Queiroz Galvão (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 17h19.

São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, condenou nesta segunda-feira a repressão a manifestantes na Líbia e disse que um avião com brasileiros está aguardando autorização para deixar a cidade de Benghazi com destino à capital Trípoli.

"O Brasil repudia atos de violência contra manifestantes desarmados e vemos com grande preocupação os desenvolvimentos na Líbia. Parece que alcançaram um padrão de violência absolutamente inaceitável", disse Patriota em entrevista coletiva em São Paulo.

Na esteira das manifestações que derrubaram os presidentes da Tunísia e do Egito recentemente, os protestos chegaram à Líbia contra o líder Muammar Gaddafi, há mais de 40 anos no poder.

Nesta segunda-feira, os protestos atingiram a capital Trípoli pela primeira vez e, segundo relatos de testemunhas, dezenas de pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança.

Segundo o ministro, há 123 brasileiros que aguardam autorização de decolagem de um avião para partir de Benghazi, mas nem todos querem deixar a Líbia.

Além disso, outros 30 brasileiros estão em conversação com portugueses para sair de Benghazi. O Brasil vai discutir com o governo de Portugal uma ação conjunta.

Questionado se o Brasil poderia dar asilo político ao líder Gaddafi, o ministro disse que "não há fundamento algum nesta notícia". Patriota acrescentou que a questão não se coloca porque não houve uma solicitação formal do governo líbio.

Patriota esteve reunido com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e abordou a visita do presidente norte-americano, Barack Obama, ao Brasil, em março. Ele também discutiu o fortalecimento regional do Brasil e da América do Sul.

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