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Violência escapa ao controle do governo na Líbia

Dezenas de policiais penetraram no edifício situado na estrada que leva ao aeroporto atirando para o alto, segundo fontes


	Em Trípoli, o Ministério das Relações Exteriores, perto do centro da cidade, está cercado desde domingo por milicianos armados que exigem a expulsão dos colaboradores do antigo regime
 (AFP / Mahmud Turkia)

Em Trípoli, o Ministério das Relações Exteriores, perto do centro da cidade, está cercado desde domingo por milicianos armados que exigem a expulsão dos colaboradores do antigo regime (AFP / Mahmud Turkia)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 21h55.

Após alguns meses de relativa calma, a violência voltou à Líbia, onde homens armados cercavam nesta segunda-feira a sede do Ministério das Relações Exteriores, em uma nova mostra da incapacidade do Estado de restabelecer a ordem no país, mais de 18 meses depois da queda do regime de Muamar Kadhafi.

Nesta segunda, oficiais da polícia revoltados também invadiram, como na véspera, o prédio da sede do Ministério do Interior para exigir aumentos salariais e promoções, segundo testemunhas.

Dezenas de policiais penetraram no edifício situado na estrada que leva ao aeroporto, a cerca de dez quilômetros do centro de Trípoli, atirando para o alto, segundo as mesmas fontes.

Mais tarde, confrontos eclodiram no oeste do país entre duas tribos rivais, após uma briga entre dois homens.

"Os combates com armas pesadas ocorreram entre as cidades de Tiji e Nalut, 200 km a sudoeste de Trípoli", segundo uma testemunha, Ali Bédoui.

"Há pelo menos três feridos. Foguetes caíram sobre casas", acrescentou.

Em Trípoli, o Ministério das Relações Exteriores, perto do centro da cidade, está cercado desde domingo por milicianos armados que exigem a expulsão dos colaboradores do antigo regime.

Cerca de trinta picapes, incluindo várias com armas antiaéreas, além de dezenas de homens armados, mantinham o cerco ao prédio nesta segunda, constataram jornalistas da AFP.

Domingo, o primeiro-ministro líbio, Ali Zeidan, pediu que a população apoie o governo contra os grupos armados "que querem desestabilizar o país".

Alguns observadores líbios consideram que a escalada da violência coincide com uma campanha lançada pelo governo para combater "milícias fora da lei" que veem sua influência e interesses ameaçados pelo novo governo de Zeidan, que começou em novembro de 2012.

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