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Vice-presidente do Equador é preso no caso Odebrecht

Jorge Glas, que segue negando qualquer relação com a rede de propina da construtora brasileira no país, se entregou à polícia nessa segunda-feira

Jorge Glas: a decisão foi resultado de novas provas apresentadas ao tribunal pela Promotoria Geral (Daniel Tapia/Reuters)

Jorge Glas: a decisão foi resultado de novas provas apresentadas ao tribunal pela Promotoria Geral (Daniel Tapia/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 06h30.

Quito - O vice-presidente do Equador, Jorge Glas, suspeito de corrupção no caso Odebrecht, ingressou no final da noite de segunda-feira em uma prisão no norte de Quito, para onde foi levado pela polícia após sua detenção horas antes, em Guaiaquil.

Aos 48 anos, Glas chegou na capital em um avião da Força Aérea Equatoriana, um voo de apenas 50 minutos de duração em que esteve acompanhado pelo seu tio Ricardo Rivera, também suspeito do mesmo crime de associação ilícita.

Após aterrissar no Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, cerca de 20 quilômetros de Quito, o comboio de vários veículos com vidros escuros chegou na Prisão 4 por volta das 23h (hora local).

Lá, na área de El Condado, um grupo de seguidores com bandeiras do movimento de esquerda Alianza País o esperava, cantando músicas em defesa de Glas, enquanto a polícia mantinha o local cercado para impedir que se aproximassem da prisão.

O cordão policial e as barreiras impediram ver a entrada do vice-presidente na prisão.

Glas, que segue negando qualquer relação com a rede de propina da construtora brasileira no país, se entregou à polícia, ontem, em sua residência, depois que um juiz da Corte Nacional de Justiça, o privou de sua liberdade de forma preventiva.

A decisão, tomada em uma audiência realizada em Quito, foi o resultado de novas provas apresentadas ao tribunal pela Promotoria Geral, que obteve recentemente nova informação dos Estados Unidos sobre o caso Odebrecht.

Essa nova informação abre a possibilidade de que tanto Glas como seu tio Rivera sejam acusados de dois novos crimes, entre eles de propina.

Horas antes, a ministra da Justiça, Rosana Alvarado, confirmou que, para abrigar o vice-presidente nesse centro de detenção da capital, foi necessário transferir o ex-ministro Carlos Pareja Yannuzzelli, também acusado de corrupção, para outro centro em Latacunga, ao sul de Quito.

A ministra, no entanto, não revelou para que centro de detenção seria levado o tio do vice-presidente, que sofre problemas cardíacos e necessita de tratamento médico.

Nas últimas semanas, Rivera estava sob prisão domiciliar, enquanto Glas estava proibido de deixar o país.

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