UE sanciona vice-presidentes venezuelanos e outras 9 pessoas por repressão
Delcy Rodríguez está entre as 11 autoridades venezuelanas que sofreram novas sanções da UE, após as eleições que reelegeram Maduro em maio
EFE
Publicado em 25 de junho de 2018 às 11h25.
Última atualização em 25 de junho de 2018 às 14h40.
Luxemburgo - Os ministros das Relações Exteriores dos países-membros da União Europeia (UE) aprovaram nesta segunda-feira sanções contra 11 pessoas que ocupam cargos oficiais na Venezuela , entre eles os vice-presidentes Delcy Rodríguez e Tareck El Aissami, ao considerar que os mesmos "violaram direitos humanos e solaparam a democracia e o Estado de direito".
A UE amplia assim a lista de responsáveis do governo de Nicolás Maduro aos quais impôs a proibição de viajar para o território comunitário e o congelamento dos bens que eles possam ter na UE.
No total, desde a criação da lista negra em janeiro, já foram acrescentados os nomes de 18 pessoas.
Agora, foram incluídos os vice-presidentes El Aissami, que também é ministro de Indústria e Produção Nacional, e Rodríguez.
Também estão na lista Sergio José Rivero, major-general da Força Armada Nacional Bolivariana; Jesús Rafael Suárez, comandante geral do Exército Bolivariano; Iván Hernández, chefe da Direção Geral de Contrainteligência Militar, e Elías José Jaua Milano, ministro do Poder Popular para a Educação.
Completam a lista Sandra Oblitas, vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE); Freddy Alirio Bernal, diretor do Centro Nacional de Comando e Controle dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção; Katherine Nayarith Harrington, vice-procurador-geral; Socorro Elizabeth Hernández, membro do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a Junta Nacional Eleitoral, e Xavier Antonio Moreno, secretário-geral da CNE.
Na reunião ocorrida no fim de maio, os ministros já tinham concordado em tomar novas medidas restritivas "seletivas" e "reversíveis" que não prejudicassem o povo venezuelano em resposta às eleições presidenciais recentemente realizadas na Venezuela, que a UE não considerou "nem livres, nem justas".
Na opinião dos ministros europeus, o processo eleitoral não ofereceu as garantias necessárias para ser considerado inclusivo e democrático, por isso eles pediram a realização de novas eleições "em conformidade com as normas democráticas internacionalmente reconhecidas e com a ordem constitucional venezuelana".
A UE também reiterou em maio a necessidade de respeitar todas as instituições democraticamente escolhidas, em particular a Assembleia Nacional, libertar todos os presos políticos e defender os princípios democráticos, o Estado de Direito e os direitos humanos.
Os 28 países-membros do bloco deixaram claro que suas sanções estão voltadas a promover "soluções democráticas capazes de garantir a estabilidade política do país e que permitem que a Venezuela atenda às necessidades mais prementes da população".