Secretário de estado dos EUA, John Kerry: na segunda-feira, o Irã recebeu mais de 100 executivos das maiores companhias francesas (Gary Cameron/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 07h48.
Dubai - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse ao chanceler da França, Laurent Fabius, que uma viagem ao Irã feita por homens de negócios franceses "não ajuda" e passa a impressão equivocada de que Teerã está normalmente aberta aos negócios, disse um funcionário do governo dos EUA.
Sob um acordo provisório alcançado entre o Irã e outras seis potências mundiais em novembro, Teerã concordou em limitar partes de seu programa nuclear em troca do alívio de algumas sanções internacionais.
O relaxamento nas sanções provocou uma corrida entre empresas ocidentais para explorar as oportunidades de negócios lucrativos no país do Oriente Médio. Na segunda-feira, o Irã recebeu mais de 100 executivos das maiores companhias francesas.
"O secretário Kerry falou diretamente com o chanceler (Laurent) Fabius sobre a delegação de comércio... sobre como isso não ajuda no sentido de assegurar que de fato não é um ambiente normal de negócios", disse o subsecretário de Estado de Assuntos Políticos, Wendy Sherman, durante uma audiência para parlamentares norte-americanos na terça-feira.
"Teerã não está aberta aos negócios porque nossos alívios das sanções são bem temporários, bem limitados e bem específicos", acrescentou.
Ninguém no Ministério de Relações Exteriores da França estava imediatamente disponível para comentar sobre a ligação de Kerry a Fabius.