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Venezuela se apropriou de produtos, diz empresa de alimentos

Alimentos Polar denuncia uma apropriação arbitrária de quase 14 mil quilos de alimentos como margarina e massa, além de produtos de limpeza


	Venezuela: Alimentos Polar denuncia uma apropriação arbitrária de quase 14 mil quilos de alimentos como margarina e massa, além de produtos de limpeza
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Venezuela: Alimentos Polar denuncia uma apropriação arbitrária de quase 14 mil quilos de alimentos como margarina e massa, além de produtos de limpeza (AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 15h54.

Caracas - O consórcio Polar, maior empresa de alimentos da Venezuela, afirmou nesta segunda-feira que organismos estatais realizaram uma "apropriação arbitrária" de cerca de 14.000 quilos de seus produtos em uma de suas sedes localizadas no sudeste do país, no estado de Apure.

"A Alimentos Polar denuncia a apropriação arbitrária de quase 14.000 quilos de alimentos e produtos de sua filial localizada em San Fernando de Apure, um fato que atenta gravemente contra o abastecimento no país e dificulta os esforços da empresa para atender oportunamente o mercado", declarou a empresa em comunicado.

O incidente ocorreu na noite da quinta-feira passada durante uma inspeção da Superintendência de Nacional de Gestão Agroalimentar (Sunagro), da Superintendência Nacional para a Defesa dos Direitos Socioeconômicos (Sundde) e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), segundo a nota.

O gerente territorial do Serviço ao Cliente da Alimentos Polar, Víctor Vicent, afirmou que funcionários de ambas superintendências se apropriaram de produtos como "margarina, massa e produtos de limpeza em barra e em pó".

Segundo Vicent, quase 6.000 quilos destes produtos já se encontravam faturados "e prontos para serem despachados" a seus clientes de Apure.

"Fatos como os ocorridos em nossa filial interrompem de maneira desnecessária e sem justificativa as operações em nossas instalações, entorpecem gravemente a distribuição e o abastecimento oportuno do mercado e atentam contra a segurança alimentar", disse Vicent.

Há uma semana a diretora geral da Cervejaria Polar, Marisa Guinand, afirmou que essa filial estava sendo objeto de "sanha, assédio e perseguição" por parte do governo venezuelano, desde que reiniciou a fabricação de cerveja, paralisada durante dois meses.

No comunicado enviado hoje, Vicent assegura que o incidente na quinta-feira passada "reafirma" que a companhia é "alvo de assédio e abuso sistemático".

O governo venezuelano não realizou ainda nenhum pronunciamento sobre estas denúncias da Polar.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em reiteradas oportunidades que o dono das Empresas Polar, Lorenzo Mendoza, é o responsável por uma suposta "guerra econômica".

Em novembro do ano passado, Maduro também acusou Mendoza de "esconder" os produtos da população e de ser um dos responsáveis pelo desabastecimento no país.

As Empresas Polar são o maior consórcio produtor de alimentos e de cervejas da Venezuela e só no setor alimentício, segundo a companhia, atende a mais de 40.000 pontos de venda em todo o território. 

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