A oposição da Venezuela denunciou a prisão de mais um dirigente político do país. Segundo informações do canal VPItv, Ricardo Estévez, do partido Vem Venezuela, liderado por María Corina Machado, foi detido quando saia de sua casa, no bairro El Cafetal, em Caracas, na tarde da terça-feira, 30.
“Vemos com alarme a recente prisão do líder político Ricardo Estévez, do partido Vem Venezuela, ocorrida quando ele saía de sua residência em El Cafetal, Caracas, na tarde desta terça-feira”, escreveu no X a organização de defesa dos direitos humanos Justiça, Encontro e Perdão. “O fato de ter sido interceptado por dois carros sem placa, retirado do seu veículo e detido sem explicação é uma clara violação dos seus direitos e um exemplo óbvio de abuso de autoridade.”
As autoridades venezuelanas não confirmaram a prisão, tampouco deram detalhes sobre seu paradeiro.
"Sequestro de Freddy Superlano"
Mais cedo da mesma terça-feira, o partido Vontade Popular denunciou em seu perfil na rede social X o "sequestro" de Freddy Superlano, ex-deputado e integrante do partido que faz parte da coalizão de oposição liderada por Maria Corina Machado. Superlano era um dos nomes cotados para se candidatar à presidência e concorrer com Maduro, mas abriu mão em favor de Corina Machado.
Onda de protestos
Desde a madrugada de segunda-feira, 29, quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a reeleição de Nicolás Maduro para seu terceir mandato de seis anos, integrantes da oposição exigem a divulgação das atas das seções eleitorais, algo que não aconteceu até o momento.
Enquanto isso, milhares de pessoas protestaram contra os resultados, derrubando estátuas do ex-presidente Hugo Chávez, da qual Maduro é herdeiro político.
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Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira
(Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira)
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Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira
(Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.
(Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.)
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Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira
(Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)
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11/20
Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.
(Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.)
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15/20
Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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16/20
Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas..)
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Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.
(Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.)
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Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)
Governo contra oposição
Nesta terça-feira, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, disse que Edmundo González e María Corina Machado deveriam ser presos pelas autoridades, os acusando de integrar uma “conspiração fascista”.
— Não há diálogo com o fascismo, não são concedidos benefícios processuais, não são perdoados — disse Rodríguez. — As leis são aplicadas a eles e o Ministério Público tem que agir não só com os bandidos drogados que pagam para aterrorizar, mas também com os seus patrões. E não me refiro apenas a María Corina Machado, mas também a Edmundo González, porque ele é o chefe da conspiração fascista.
Mais cedo, Diosdado Cabello, vice-presidente do partido de Maduro, afirmou que, além das 730 pessoas detidas durante os protestos, 10 dirigentes da oposição são alvos das autoridades.
"Temos conversas e comunicações, seja qual for o nome, seja qual for o sobrenome que tenham, eles irão para a prisão", afirmou o dirigente chavista.