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Venezuela acusa países da OEA de buscar "onda de violência" eleitoral

Diplomatas na entidade consideram que reunião extraordinária centrada no país tem como objetivo incitar "a desestabilização nos dias prévios às eleições"

Venezuela: a reunião da segunda-feira está convocada para tratar "a situação humanitária" na Venezuela e "seu impacto nos países da região" (NatanaelGinting/Thinkstock)

Venezuela: a reunião da segunda-feira está convocada para tratar "a situação humanitária" na Venezuela e "seu impacto nos países da região" (NatanaelGinting/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 27 de abril de 2018 às 23h07.

O governo da Venezuela acusou nesta sexta-feira alguns países da Organização dos Estados Americanos (OEA) de buscar uma "onda de violência que deslegitime" as próximas eleições presidenciais com a convocação para esta segunda-feira de um Conselho Permanente extraordinário centrado no país caribenho.

A Missão Permanente da Venezuela na OEA expressou assim, em carta dirigida à presidência do Conselho Permanente, seu "energético protesto" perante uma convocação "cujo principal objetivo", segundo garantiu, "é a desestabilização do país nos dias prévios às eleições presidenciais" de 20 de maio.

A reunião na OEA, que a Venezuela considerou "uma grave agressão intervencionista", será realizada a pedido de Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru, sob a presidência do Conselho Permanente da Colômbia.

Para a Venezuela, esta reunião "repete a cínica estratégia aplicada no ano passado nos piores momentos da violência estimulada para frear as eleições da Assembleia Nacional Constituinte".

Além disso, a Venezuela acusou os países que convocaram o conselho extraordinário da segunda-feira de "cegueira seletiva", por não querer abordar na OEA "os graves problemas do hemisfério".

"Feminicídios, execuções extrajudiciais, desaparecidos e uso de valas comuns em operações de segurança pública, estudantes assassinados, discriminação racial, campanhas de ódio contra os imigrantes, a humilhação constante do país mais poderoso contra os seus vizinhos", citou a Venezuela, como exemplos de alguns desses problemas.

Além disso, a Venezuela exigiu da Colômbia, como presidente do Conselho, que "forneça os nomes" dos "supostos especialistas" convidados para expor seu ponto de vista sobre a crise venezuelana na reunião.

Oficialmente, a reunião da segunda-feira está convocada para tratar "a situação humanitária" na Venezuela e "seu impacto nos países da região".

Com esse fim, os países que a convocaram pediram a presença de "autoridades especialistas na matéria" para expor "um panorama amplo e objetivo da situação atual" na nação caribenha.

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