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Vendedor de sucata dos EUA encontra ovo Fabergé de US$ 20 mi

Homem do Meio-Oeste dos EUA comprou o ornamento dourado da corte da Rússia imperial em um mercado de pulgas


	Um dos ovos de Fabergé, produzido pelo joalheiro russo em 1891: ovos se tornaram mitológicos desde que foram criados para os czares russos
 (Stan Shebs/Wikimedia Commons)

Um dos ovos de Fabergé, produzido pelo joalheiro russo em 1891: ovos se tornaram mitológicos desde que foram criados para os czares russos (Stan Shebs/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 16h47.

Londres - Quando um vendedor de sucata do Meio-Oeste dos Estados Unidos comprou um ornamento dourado em um mercado de pulgas, nem passou pela sua cabeça que era o dono de um ovo Fabergé de 20 milhões de dólares oriundo da corte da Rússia imperial.

Em um mistério digno da história tumultuada da ostentatória elite russa, o ovo dourado de 8 centímetros foi retirado às pressas de São Petersburgo depois da Revolução Bolchevique de 1917 e ficou desaparecido durante décadas nos Estados Unidos.

Um homem não identificado nos EUA avistou o ovo enquanto procurava objetos de ouro e o comprou por 14.000 dólares esperando conseguir um dinheiro fácil vendendo-o a um derretedor de metais. Mas não houve compradores, porque ele tinha superestimado o valor do relógio e das joias dentro do ovo.

Desesperado, o homem pesquisou na Internet e se deu conta de que podia estar com o ovo que o czar russo Alexander III deu à sua mulher, Maria Feodorovna, na Páscoa de 1887. Quando o vendedor de sucata procurou o antiquário londrino Wartski, ficou chocado.

"Ele estava com a boca seca de medo, nem conseguia falar. Um homem de jeans, tênis e camisa xadrez me mostrou foto do ovo imperial perdido. Eu sabia quer era genuíno", disse Kieran McCarthy, diretor do antiquário Wartski, à Reuters.

"Ele ficou completamente fora de si, não conseguia acreditar no tesouro que tinha", disse McCarthy, que em seguida viajou a uma pequena cidade norte-americana para inspecionar o ovo de ouro amarelo na cozinha do vendedor.

O antiquário Wartski comprou o ovo para um colecionador particular não identificado. McCarthy disse não poder revelar a identidade do homem que encontrou o ovo, o valor da venda ou o colecionador, embora tenha declarado que este último não é russo.

A Reuters não pôde verificar a história sem a identidade dos envolvidos, e quando indagado se a história não era fantástica demais para ser verdade, McCarthy afirmou: "Somos antiquários, então duvidamos de tudo, mas esta história é tão maravilhosa que não dava para inventar, está além da ficção e faz parte da lenda dos antiquários, não há nada igual".

Os ovos requintados de Peter Carl Fabergé se tornaram mitológicos desde que foram criados para os czares russos. Só a realeza e bilionários podem ter esperanças de colecioná-los. Entre seus proprietários atuais estão a rainha Elizabeth, da Inglaterra, e o Kremlin.

Peter Carl Fabergé fabricou cerca de 50 ovos imperiais para os czares russos entre 1885 e 1916. Quarenta e dois sobreviveram, de acordo com Fabergé. Outros foram feitos para mercadores.

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